AMIG assina Carta para descarbonizar economia

Presidente da associação esteve presente na COP26, para defender a necessidade de aliar o desenvolvimento econômico à sustentabilidade na mineração.
José Fernando Aparecido de Oliveira, presidente da Associação dos Municípios Mineradores de Minas e do Brasil (AMIG), esteve presente na COP26, para defender a necessidade de aliar o desenvolvimento econômico à sustentabilidade na mineração.
O Race To Zero é uma campanha mundial que tem a meta de zerar as emissões líquidas de carbono até 2050, já que o CO2 acelera o processo de aquecimento global e o presidente da AMIG encorajou os associados da entidade a participarem do projeto, além de debater o assunto com as autoridades presentes na conferência. "Tive a oportunidade de conversar com o enviado especial dos Estados Unidos para questões climáticas, John Kerry, sobre o Brasil. Rapidamente, falamos sobre a importância de firmarmos compromissos em busca de minimizar o efeito estufa”, disse ele.
A secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais, Marília Melo, e o presidente da Comissão Permanente de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da ALMG, deputado estadual Noraldino Júnior, integraram a comitiva mineira na Escócia. A secretária e o parlamentar destacaram o pioneirismo de Minas Gerais, o primeiro Estado da América Latina e do Caribe a aderir à Race to Zero. Os três representantes da comitiva assinaram a Carta de Edimburgo, um documento do Governos Locais pela Sustentabilidade (ICLEI), que prevê a descarbonização da economia.
Pelo fato do minério ser um bem mineral finito, a AMIG quer preparar os municípios mineradores para exaustão, com reservas financeiras e por meio da diversificação econômica, medida que busca deixar as cidades independentes da mineração e propõe o desenvolvimento de fontes de arrecadação alternativas.
A criação de um fundo municipal foi debatida também para situações de quedas no recolhimento da CFEM, causadas por oscilações no mercado internacional como a diminuição de demanda na exportação e baixa do dólar.
A preocupação com o futuro dos territórios minerados foi levantada na conferência pelo presidente da AMIG. "Estive com o prefeito de Oslo, Raymond Johansen, discutindo sobre o fundo soberano norueguês, o maior do mundo. Ultrapassando US$ 1,3 trilhão em ativos totais aplicados em investimentos, o fundo administrado pelo Banco Central tem como um dos objetivos suprir as despesas do país quando as reservas de petróleo de lá se esgotarem. Precisamos pensar em um fundo soberano para a saúde financeira de cidades mineradoras", relatou José Fernando.
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