Bahia poderá ser a nova fronteira mineral do Brasil

Para dirigentes, estado tem potencial geológico, infraestrutura e investimentos em curso.
Durante o painel “Mineração e Logística no Nordeste”, realizado na Exposibram 2025, Eduardo Ledsham, da BAMIN, Eduardo De Come, da Ero Copper, Alex Trevisan, da Transnordestina e Silvano Andrade, da Ferbasa, mostraram como a Bahia vem consolidando-se como a nova fronteira mineral do país, impulsionada por infraestrutura, diversidade mineral e tecnologia.
O diretor-presidente da BAMIN, Eduardo Ledsham, destacou o avanço do Corredor do Ferro, com 537 quilômetros ligando a mina de Caetité ao Porto Sul, e o potencial de geração de empregos e investimentos. “A Bahia combina diversidade geológica, energia renovável e tecnologia. Temos todos os elementos de uma nova província mineral”, afirmou.
Já o vice-presidente da Ero Copper, Eduardo De Come, ressaltou os investimentos para ampliar a vida útil da mina Caraíba, no Vale do Curaçá, e os desafios da mineração subterrânea no Brasil. “Estamos investindo em geologia, aumento da capacidade de processamento e um novo shaft de 1.500 metros. Mas precisamos modernizar a legislação e ampliar a infraestrutura”, defendeu.
O CEO da Ferbasa, Silvano Andrade, apresentou a empresa como exemplo de verticalização e sustentabilidade. “Somos o único produtor integrado de ferro-cromo das Américas e operamos com energia e carvão de fonte renovável. A Bahia tem um ecossistema completo”, destacou.
Complementando a visão logística, Alex Trevisan, da Transnordestina, informou que a ferrovia já tem 700 km prontos e deve iniciar operações em 2027, integrando portos e polos minerais: “é um projeto que conecta grãos, minérios e desenvolvimento regional, com forte componente ESG”.
O consenso entre os executivos foi claro: com mineração responsável, energia limpa e infraestrutura integrada, a Bahia consolida-se como a principal fronteira mineral do Brasil — e uma das mais promissoras do mundo. (Mara Fornari)
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