Brasil Mineral Logo
VALE

Briquete de minério de ferro será testado na Europa

Briquete de minério de ferro será testado na Europa

O teste industrial será realizado no início de maio nas instalações de um cliente na Europa

A Vale concluiu o embarque para o primeiro teste internacional em alto-forno do briquete de minério de ferro, produto que pode reduzir em até 10% as emissões de CO2 da siderurgia. O teste industrial será realizado no início de maio nas instalações de um cliente na Europa. Foram embarcadas oito mil toneladas do produto a partir do Terminal Multicargas do Porto do Açu, em São João da Barra (RJ), em direção ao Porto de Roterdã, na Holanda.

No Brasil, já houve testes industriais de 70 mil toneladas do briquete em seis diferentes altos-fornos, totalizando 126 dias de uso. O briquete resistiu às exigências do processo, permitindo a manutenção da produção e dos parâmetros operacionais do alto-forno. A expectativa é que o mesmo ocorra nos testes na Europa. "Este é mais um marco importante no nosso caminho para fornecer soluções de baixa emissão de carbono para a indústria siderúrgica global. Podemos, com os testes industriais, ganhar a confiança de parceiros estratégicos que serão os líderes na utilização do briquete nos próximos anos”, afirmou Rogério Nogueira, diretor de Desenvolvimento de Produtos e Negócios da Vale.

Para o Porto do Açu, o embarque é importante para posicionar o empreendimento portuário como player importante no processo de descarbonização do setor siderúrgico “Este tipo de carga reforça a ambição do Porto do Açu em ser o porto da transição energética no Brasil. Além disso, a estratégia do porto inclui acelerar a descarbonização das cadeias de valor das indústrias siderúrgica e química, setores que são críticos para reduzir a emissão de CO2 vindo das chamadas hard to abate”, destaca José Firmo, CEO do Porto do Açu.

O briquete é produzido a partir da briquetagem de finos de minério de ferro e uma solução tecnológica de aglomerantes que permite alcançar elevada resistência mecânica em baixas temperaturas. O produto pode substituir sinter, pelota e granulado em altos-fornos e pelota em fornos de redução direta, o que reduz a emissão de poluentes e gases de efeito estufa quando comparado aos processos tradicionais de aglomeração de minério de ferro (pelotização e sinterização). A substituição da etapa de sinterização é o que permite a potencial redução das emissões de carbono em até 10%.

A carga embarcada foi produzida em uma planta de demonstração em Pindamonhangaba (SP). A Vale está construindo duas plantas de briquete na Unidade Tubarão, em Vitória (ES), com capacidade de seis milhões de toneladas por ano. O start-up da primeira planta está previsto para o final do primeiro semestre. Também foram assinados memorandos de entendimento com mais de 30 clientes para estudar a implantação de soluções de descarbonização, entre elas a construção de plantas de briquete nas instalações de alguns clientes.

Anunciado pela Vale em 2021, o briquete contribui para alcançar o compromisso da empresa de reduzir 15% das emissões líquidas de escopo 3 até 2035. A empresa também busca reduzir suas emissões absolutas de escopo 1 e 2 em 33% até 2030 e alcançar neutralidade até 2050, em linha com a ambição do Acordo de Paris de limitar o aquecimento global abaixo de 2ºC até o fim do século.

Carregando recomendações...

Artigos Relacionados