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Cadeia produtiva se reúne em Araripina para debater setor

Por evando
Cadeia produtiva se reúne em Araripina para debater setor

Representantes da cadeia produtiva do gesso de Pernambuco vão se reunir no dia 5 de fevereiro em Araripina (a 680 km de Recife) para debater formas de melhorar a colaboração, a inovação e a gestão dentro do setor, com o objetivo de garantir excelência de produção, competitividade e o futuro do polo gesseiro da região do Araripe, que fornece cerca de 90% do produto consumido no Brasil. Mineradoras de gipsita e seus fornecedores participarão do “Primeiro Meeting de Produtos e Serviços para Indústrias do Araripe”, que propõe integrar mineradoras e fornecedores em torno de uma visão de excelência para o setor. O evento é organizado pela holding Gypway, que reúne diversas mineradoras de gipsita da região, e conta com o apoio do SEBRAE. “A iniciativa é excelente devido à importância do polo gesseiro do Araripe para o País”, diz Fábio Macedo, Engenheiro de Minas e especialista da Minerion, empresa de software de gestão especializado para mineradoras, que estará em Araripina. “Há muito a ser feito, mas a maior competitividade do setor começa com a melhoria da gestão dentro das mineradoras”, defende ele. “Mapear processos, gerir equipes e pessoas e controlar os fluxos de trabalho formam a base necessária para que mineradoras tomem decisões certas e implantem com sucesso medidas de aprimoramento, de eficiência e de qualidade”, explica Macedo.

Apesar de responder por apenas 20% das reservas nacionais de gipsita, o polo gesseiro do Araripe domina o mercado brasileiro por vários motivos, como o grau de pureza da gipsita da região, considerado o maior do mundo. Porém, essa vantagem não é mais suficiente para garantir a viabilidade econômica das operações, que está ameaçada por questões como a logística para o transporte dos produtos da região do Araripe até as áreas consumidoras. “A cadeia produtiva do gesso está certa em se unir e propor caminhos comuns, mas fatores externos exigem tempo para serem solucionados”, afirma Macedo. “Resultados virão mais rápido a partir da organização dentro de casa”, diz ele. “Mineradoras bem geridas poderão também avaliar melhor o uso do gás para a calcinação do gesso, prometido para este ano”, exemplifica Macedo. Na opinião do especialista, melhor gestão também ajudará as mineradoras a enfrentarem a informalidade dentro do setor, entre outros problemas, como a concorrência internacional.

A importação de gipsita “explodiu” a partir da greve nacional dos caminhoneiros em 2018, que aumentou o custo da logística no Brasil e fez crescer a compra do produto no mercado externo. De janeiro a agosto de 2024, as importações de gesso já haviam alcançado o total registrado durante todo o ano de 2023. A pedido do setor, em setembro do ano passado, a Câmara de Comércio Exterior (Camex) elevou o Imposto de Importação da gipsita. Fundada há 27 anos em Arcos (MG), a Minerion oferece ao mercado brasileiro o mais completo sistema de gestão para mineradoras, utilizado hoje por 330 mineradoras do Brasil, entre elas mineradoras que, em seu conjunto, representam mais de 60% da produção do calcário agrícola do país.

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