Carajás é um campo de construção da “licença social para operar” da Vale
No sul do estado do Pará, a Província Mineral de Carajás não é apenas um símbolo do potencial mineral brasileiro — é também o centro de uma transformação que desafia a própria indústria da mineração: unir competitividade global, inovação tecnológica e responsabilidade socioambiental. Para a Vale, Carajás é hoje um dos ativos mais importantes de seu portfólio global, não apenas pela qualidade do minério de ferro ali extraído, mas também pelo seu papel estratégico na transição energética e na descarbonização da indústria mundial.
Mas operar em um território como Carajás exige muito mais do que eficiência técnica. Requer escuta, diálogo, reparação e parceria contínua com as comunidades locais, os povos indígenas e o meio ambiente. Esse é o alicerce da chamada "licença social para operar" — conceito que, na prática, significa o reconhecimento e a aceitação, pelas partes interessadas, da legitimidade e dos benefícios de uma atividade empresarial em seu território.
A atuação social da Vale localmente efetiva-se por meio da gestão de riscos e impactos das suas atividades sobre as comunidades (locais, povos indígenas e comunidades tradicionais), considerando as etapas do ciclo de vida do negócio, bem como as diferentes atividades, operações e/ou projetos. A atuação social conta com o engajamento de toda a empresa para reduzir a exposição das comunidades aos riscos e mitigar os impactos de suas atividades. Para realizar a interlocução da empresa com as comunidades, a Vale conta com equipes especializadas e dedicadas ao Relacionamento com Comunidades.
Comunidades e povos indígenas: uma relação de 40 anos
Na região, a Vale se relaciona com comunidades locais e povos indígenas desde a implantação do projeto Carajás, na década de 1980. Próxima aos empreendimentos da Vale está a Terra Indígena Xikrin do Cateté, associada ao Mosaico de Unidade de Conservação de Carajás e habitada pelo povo Xikrin do Cateté. A interação com esse povo foi desenvolvida por meio de ações no âmbito do processo de licenciamento ambiental e voluntárias, com foco no etnodesenvolvimento, fortalecimento cultural e preservação da memória, fortalecimento institucional e proteção do território.
Em 2022, a companhia celebrou 40 anos de relacionamento com o povo Xikrin do Cateté com um acordo histórico com o objetivo de encerrar ações judiciais que estavam em curso, construindo um novo capítulo do relacionamento com essa comunidade. Um dos destaques é o Projeto Memória Xikrin do Cateté, realizado com o Instituto Indígena Botiê Xikrin (IBX). Entre 2019 e 2024, o projeto contribuiu com diferentes ações para registrar a história dos Xikrin contando com publicações, vídeos, registros sonoros antigos e uma plataforma “Acervo Online Xikrin do Cateté” de acesso exclusivo dos Xikrin. Também houve a publicação do “Dicionário Ilustrado Xikrin- -Português”, em quatro livros com mais de 500 verbetes bilíngues para suprir, nas escolas indígenas, a necessidade de material paradidático e de incentivo à pesquisa da escrita na língua Xikrin. O Projeto Memória Xikrin vem ao encontro dos direitos previstos na Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas.
Veja a matéria completa na edição 450 de Brasil Mineral
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