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CBA registra R$ 2,3 bilhões de receita líquida no quarto trimestre

Por evando
CBA registra R$ 2,3 bilhões de receita líquida no quarto trimestre

A Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) registrou receita líquida consolidada de R$ 2,3 bilhões no quarto trimestre de 2024, um crescimento de 20% em relação ao mesmo período de 2023 e de 7% na comparação com o terceiro trimestre de 2024. O negócio de alumínio responde por 96% da receita consolidada e atingiu receita líquida de R$ 2,2 bilhões, 20% a mais ante o 4º trimestre de 2023, em função do avanço de 18% nos períodos comparados no preço médio do alumínio negociado na London Metal Exchange (LME). Além disso, como a precificação do metal está atrelada ao dólar e a receita da Companhia é majoritariamente em dólar, a apreciação do dólar médio em relação ao real foi positiva para a Companhia, na comparação com o 4º trimestre de 2023 e com o 3º trimestre de 2024. Vale ressaltar que 88% da receita da CBA no período está concentrada na venda ao mercado interno, sendo este o foco da Companhia.

Os segmentos de alumínio primário (lingotes, tarugos, vergalhões etc.) e transformados (chapas, extrudados, folhas etc.) tiveram aumento da receita líquida de 15% e 29%, respectivamente na comparação com o último trimestre de 2023, e de 6% e 8%, respectivamente na comparação com o 3º trimestre de 2024. O segmento de reciclagem cresceu 26% na receita líquida em relação ao 4º trimestre de 2023, reflexo do maior volume vendido no período (+29%). Em relação ao 3º trimestre de 2024, houve redução de 13%, reflexo do menor volume vendido no período. Já o EBITDA ajustado consolidado foi de R$ 486 milhões no último trimestre de 2024, o equivalente a 4,8 vezes o valor registrado no mesmo período de 2023 e 19% superior ao do trimestre anterior. O resultado reflete a recuperação dos resultados, com estabilidade operacional, melhor mix de vendas e melhores preços praticados, aliado à apreciação do dólar, em relação a ambos os períodos comparados. Como reflexo do incremento no EBITDA no trimestre, a alavancagem financeira reduziu de 3,41x em setembro de 2024 para 2,84x em dezembro de 2024.

As vendas de alumínio primário somaram 66 mil toneladas, um recuo de 14% em relação ao quarto trimestre de 2023, refletindo a redução na venda de lingotes P1020, mesmo motivo para a retração de 2% na comparação com o terceiro trimestre de 2024.  No entanto, houve uma melhora no mix de vendas, impulsionada pelo aumento de 10% da participação de produtos VAP (Value-Added Products, de maior valor agregado) em todos os segmentos. O destaque foi o vergalhão, utilizado na fabricação de cabos para o setor de eletrificação, enquanto as vendas de produtos transformados totalizaram 35 mil toneladas, um crescimento de 8% em comparação ao mesmo período de 2023, e de 5% em relação ao 3º trimestre de 2024, puxado pela melhor performance de folhas e chapas. O segmento de reciclagem teve 24 mil toneladas vendidas, um aumento de 29% em comparação ao mesmo trimestre do ano anterior e menor em 16% em relação ao terceiro trimestre de 2024. A melhor demanda é pela recuperação do setor de autoconstrução, impulsionada pelo maior acesso a crédito. Já a queda entre os trimestres de 2024 se deu pelo efeito de sazonalidade. 

A CBA contabilizou prejuízo de R$ 56 milhões no período, devido principalmente à variação cambial no resultado financeiro. No último trimestre de 2024, houve desvalorização do real frente ao dólar comparada à valorização no mesmo período de 2023. O total de investimentos (regime caixa) feito pela CBA aumentou de 43% no 4º trimestre de 2024 em relação ao mesmo período de 2023 e de 53% ante o trimestre anterior, principalmente pela maior concentração de investimentos direcionados a projetos de modernização e expansão no trimestre. 

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