
Empresa registrou receita líquida de R$ 2 bilhões no segundo trimestre de 2025, com crescimento nos segmentos de alumínio primário, transformados e reciclados.
A Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) registrou receita líquida consolidada de R$ 2 bilhões no segundo trimestre de 2025, com crescimento da receita dos principais segmentos primário, transformados e reciclagem em relação a um ano atrás. Apesar dos sinais de moderação da economia em relação ao primeiro trimestre do ano, os setores estratégicos para a companhia seguem fortalecidos, com crescimento na demanda por laminados e produtos reciclados. O EBITDA ajustado somou R$ 189 milhões. O volume de vendas de alumínio totalizou 119 mil toneladas no trimestre, com queda de 7% na comparação anual, influenciada por uma demanda atípica por tarugos e lingotes registrada em 2024. Ao todo, 91% do volume se concentrou no mercado interno, em linha com o trimestre anterior e com o patamar histórico da empresa. Destaque para o desempenho de produtos transformados, que registraram crescimento de 3% em relação ao mesmo período do ano passado e de 4% em relação ao primeiro trimestre do ano. A melhora foi impulsionada pela demanda por chapas e folhas, especialmente nos segmentos de embalagens e bens de consumo.
Em linha com sua estratégia ESG, a CBA adquiriu participação em dois ativos de autoprodução de energia eólica, que agregarão 115 MWm a partir de 2027. A operação contribui para a diversificação da matriz energética, ampliação do portfólio renovável e maior competitividade de custo. A CBA também realizou sua 2ª emissão de debêntures sustentáveis, no valor de R$ 530 milhões, com metas vinculadas à redução de emissões na produção de alumínio. No segmento de reciclagem, a CBA vendeu 24 mil toneladas,
mantendo-se estável frente ao segundo trimestre de 2024, mas com queda de 7% em relação ao primeiro trimestre de 2025. A retração trimestral está relacionada à menor demanda do setor de autoconstrução no mercado, pressionada pelas maiores taxas de mercado.
A produção de alumínio líquido no trimestre foi de 86 mil toneladas, queda de 5% em relação ao mesmo período de 2024, impactada por uma parada de manutenção na refinaria de alumina. A iniciativa foi necessária para garantir a integridade do processo produtivo da planta localizada em Alumínio (SP). Com menor volume de alumina interna, a CBA optou por antecipar a reforma dos fornos de produção de alumínio, que já estavam previstos no cronograma de curto prazo. A produção de alumínio líquido já foi retomada e opera, no terceiro trimestre, em níveis normalizados. O trimestre foi encerrado com prejuízo de R$ 73 milhões, em linha com o mesmo período de 2024. Apesar do resultado negativo, a CBA apresentou avanços relevantes em sua estrutura de capital. A alavancagem atingiu 2,29 vezes o EBITDA. Além disso, a Companhia tem melhorado constantemente seu perfil de endividamento, com prazo médio e custo médio em dólar, que saíram respectivamente de 4,74 anos e 6,37% a.a. no 2T24 para 5,12 anos e 5,95% a.a. no 2T25.
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