Cedro Mineração vai ampliar capacidade produtiva em Mariana

Com os investimentos em infraestrutura e equipamentos, serão adicionados mais dois milhões de toneladas e toda a produção passará a ser de minério premium, conhecido como pellet feed.
Holding brasileira com atuação diversificada em mineração, agronegócio, logística, real estate e saúde, a Cedro Participações vai ampliar a capacidade de produção de sua mina em Mariana, em Minas Gerais, com o objetivo de atingir cinco milhões de toneladas anuais de minério de ferro em processo a úmido. O projeto está sendo implementado pela Cedro Mineração e irá aumentar de forma gradual o volume de extração e o fomento direto da economia local. Atualmente, a mina de Mariana produz cerca de três milhões de toneladas por ano de minério de ferro. Com os investimentos em infraestrutura e equipamentos, serão adicionados mais dois milhões de toneladas e toda a produção passará a ser de minério premium, conhecido como pellet feed.
O pellet feed é uma matéria-prima com alto teor de ferro e baixos níveis de impurezas, que diminuem em até 50% as emissões de carbono na atmosfera da indústria siderúrgica, hoje considerada uma das principais responsáveis pelo aquecimento global. Essa solução soma-se às outras práticas inovadoras como a filtragem e empilhamento a seco, tecnologia que a Cedro Mineração já vem utilizando para eliminar completamente o risco das barragens de rejeito, e o reaproveitamento de 85% da água utilizada em seus processos. O início da produção do pellet feed faz parte das metas sustentáveis da holding, alinhando soluções tecnológicas de ponta; logística verde, que reduz o impacto ambiental; e o compromisso ativo com o social. Além disso, a companhia já trabalha para migrar sua produção de sinter feed e impulsionar a produção do pellet feed de redução direta (PFRD), que ainda é pequena no mercado brasileiro, com cerca de 8% de market share.
Atualmente, há um cenário positivo para o pellet feed pelo seu maior potencial de venda no mercado internacional, qualidade excepcional e uma alternativa promissora para a descarbonização. Até o fim da década, a Cedro quer ter 100% da sua produção em PFRD, se posicionando como uma das grandes mineradoras na produção deste “minério verde”, e sendo um dos principais players no atendimento das demandas de países da Europa e do Oriente Médio.
A expansão da mina também abrange o arrendamento, por parte da Cedro, de uma jazida da Vale que teve o direito de exploração minerário autorizado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), no último mês de setembro. Com R$ 4 bilhões em investimentos, o projeto permitirá o aproveitamento máximo da jazida e possibilitará mais incrementos de tributos e maior oferta de ROM pela Cedro Mineração. “Vamos combinar a ampliação da nossa capacidade, com a geração de mais empregos em Mariana e a adoção de tecnologias mais modernas em um só projeto. A Cedro vai promover um marco para a mineração regional e nacional, reforçando o papel estratégico do setor mineral no desenvolvimento econômico do Brasil”, comenta José Carlos Martins, Membro do Conselho de Administração da Cedro Mineração. Com a ampliação da capacidade produtiva da mina, Martins projeta a geração de cerca de 300 vagas de emprego diretas e outras mil indiretas na cidade, movimentando setores como serviços, comércio e transporte.
O projeto para o aumento da capacidade produtiva em Mariana integra os planos da Cedro para atingir nove milhões de toneladas até 2028, volume que deverá subir para 20 milhões até 2030, o que irá transformar a empresa na quinta maior mineradora de ferro do Brasil. Além dessa ampliação, a holding pretende também construir o Porto do Meio, em Itaguaí (RJ), que irá redefinir o escoamento do minério de ferro brasileiro. Resultado de um investimento de R$ 3,6 bilhões, esse ativo vai permitir escoamento de até 25 milhões de toneladas de minério por ano, conectando as minas de Minas Gerais à estrutura portuária do país e dando novo fôlego às exportações. Um dos grandes diferenciais está na verticalização do negócio, que possibilitará a Cedro se tornar a primeira mineradora de ferro 100% nacional e de capital fechado a controlar todas as etapas da cadeia, da extração ao embarque.
Um dos pontos estratégicos para a eficiência do processo produtivo desta expansão é a construção de um Transportador de Correia de Longa Distância (TCLD), uma correia transportadora, que terá 19 km, para ligar a mina com o terminal, dispensando o uso de caminhões no transporte do minério de ferro. De acordo com as estimativas da companhia, a execução da obra de criação da correia deve levar aproximadamente 24 meses para ser concluída. “Queremos apresentar esse projeto como um modelo para outras operações. Nossa equipe de engenharia está coordenando uma série de estudos que avaliam a viabilidade de replicar a experiência em novos projetos a serem desenvolvidos. Queremos consolidar um novo padrão de produção no setor”, conclui Martins.
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