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EMPRESAS DO ANO DO SETOR MINERAL

Cerimônia de premiação reúne lideranças da mineração em BH

Cerimônia de premiação reúne lideranças da mineração em BH

Cerimônia ocorreu no dia 25 de novembro, no auditório da FIEMG (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais), reunindo quase duas centenas de lideranças do setor.

A cerimônia de premiação das Empresas do Ano do Setor Mineral 2025 e a entrega dos prêmios de Personalidade do Ano do Setor Mineral e Pioneiros da Mineração ocorreu no dia 25 de novembro, no auditório da FIEMG (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais), reunindo quase duas centenas de lideranças do setor. O prêmio é entregue anualmente e o evento é realizado pela Brasil Mineral. Falando no início da cerimônia, o conselheiro da Brasil Mineral Rolf Fuchs disse que o conselho é um importante valor e um diferencial da publicação, que realiza a premiação há mais de quatro décadas. “Somos um conselho consultivo formado por 58 pessoas, das quais 15 mulheres e com representantes de diversas esferas, mas todos em busca de uma mineração melhor”. Fuchs comentou ainda que o principal desafio foi a transição do impresso para o digital, principalmente em razão da pandemia.

Falando em nome do Sindiextra (Sindicato das Indústrias Extrativas de Minas Gerais), o presidente executivo da entidade, Luís Márcio Vianna, disse que quatro das empresas premiadas têm operações em Minas Gerais e que a entidade está pronta para sediar o evento, assim como já acontece com o Mineração &X Comunidades, evento também promovido anualmente por Brasil Mineral.

Abrindo as premiações, foi entregue a placa de homenagem ao Pioneiro da Mineração, o geólogo e empresário Elmer Prata Salomão. A homenagem a Elmer foi feita pelo geólogo Luiz Antonio Vessani, conselheiro de Brasil Mineral, que traçou a trajetória de Elmer Prata Salomão, que tem uma longa história de contribuições ao setor mineral. Agradecendo a homenagem, Elmer disse: “a única palavra que posso falar agora é gratidão por fazer parte do conselho da revista, que faz um papel plural sobre o que é ser uma boa revista para o setor mineral. Eu quero oferecer esse prêmio à Brasil Mineral e destacar o Vessani como profissional da área, que me inspirou bastante no que eu fiz. Em 2025, eu deixo a Geos com a consciência de dever cumprido, e homenageio todos os membros do conselho e que a revista continue o trabalho de inclusão no setor mineral”.

Na sequência foi homenageado o empresário Augusto Trajano de Azevedo Antunes como ‘Pioneiros da Mineração (In Memoriam)’. A entrega do prêmio foi feita por Wilfred Bruijn (Bill), conselheiro de Brasil Mineral e Flávio Antonio Penido ao bisneto do homenageado, Lorenzo Frering. “O Dr. Antunes viu no Amapá uma oportunidade grande em uma mina de manganês e construiu toda uma estrutura com a ajuda de capital externo, para que o projeto avançasse. O Dr. Antunes também criou a Caemi e a MBR e sempre teve um carimbo do ESG atual com ações de preservação ambiental na Mata do Jambreiro”, disse Bill. Para agradecer o reconhecimento ao bisavô, Lorenzo Frering afirmou que “é uma honra poder representar meu bisavô nesse dia. O empresário eu conheci ao longo da vida, graças à coragem, dedicação, atenção ao meio ambiente e a importância de as pessoas virem antes dos ativos”. Atualmente, Lorenzo tem o prazer de trabalhar com as pessoas às quais o bisavô dava tanto valor e esses valores são os que carrega para a vida.

Em seguida foi entregue o prêmio ‘Personalidade do Ano do Setor Mineral 2025’ para Luís Maurício Azevedo, CEO da Bravo Mining e presidente da ABPM (Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa Mineral e Mineração). Luís Felipe Azevedo, filho do homenageado, recebeu a placa em nome do pai, que está no exterior. “Gostaria de agradecer a homenagem, em especial a Brasil Mineral, veículo que divulgou o setor junto à sociedade. Para o conselho, ser selecionado é uma honra e receber a preferência torna o compromisso com o setor mais significativo”.

Empresas do Ano do Setor Mineral

As Empresas do Ano do Setor Mineral são escolhidas pelo voto direto a partir de uma lista elaborada pelo Conselho Consultivo de Brasil Mineral. A premiação Empresas do Ano do Setor Mineral é realizada há mais de quatro décadas, sendo considerada como o principal reconhecimento à atuação as empresas no setor mineral brasileiro. Brasil Mineral, editada há 42 anos, é a principal publicação do setor mineral brasileiro.

A primeira empresa a receber a premiação foi a Bravo Mining, na categoria Pesquisa/prospecção Mineral – Médio Porte. Christian Maduell, da Core Case, entregou o troféu a Manoel Carlos Cerqueira, CFO da Bravo Mining. “Queria agradecer antes de mais nada nossa equipe de colaboradores diretos, pois na mineração atual o resultado só existe quando há essa colaboração. A pesquisa integra diversas áreas e agradeço também a comunidade que atua junto conosco no projeto Luanga, no Pará. Esse prêmio é motivo de orgulho e nos mostra que estamos no caminho certo, apesar de ainda ter muito a ser feito”.

Na categoria Pesquisa/Prospecção Mineral – Grande Porte, a vencedora foi a Bemisa. A entrega foi feita pelo geólogo Dalmo Pereira, vice-presidente do grupo Geopar, a Augusto Lopes, Presidente da Bemisa. “Agradeço os colaboradores, diretores, consultores e a todos aqueles que acreditam na pesquisa mineral. Temos cerca de 22 projetos em diversos estágios, como o de terras raras, em Minas Gerais, além do projeto de cobre (Pará/MatoGrosso).

Depois veio a categoria ESG – Médio Porte para a Aura Borborema, entrega realizada por Eugenio Singer, conselheiro da Brasil Mineral, para Fred Silva, diretor de Operações da unidade Borborema. “É uma gratidão e uma responsabilidade liderar a Aura Borborema como uma empresa respeitada, responsável e com resultados, em Currais Novos. O projeto é comentado desde os anos 1940 em uma região com escassez de água, mas é um ativo muito interessante em uma região que caminha para a desertificação no Seridó. ESG não é algo fora da nossa rotina, mas sim fazer o básico, bem feito e diariamente. A mineração não é para ressignificar a região, mas colaborar para a expansão dela”.

Na categoria ESG – Grande porte a premiação foi para a Anglo American. O troféu foi entregue por Gustavo Lanna, presidente do Conselho Deliberativo do Sindiextra e recebido por Ana Sanches, presidente da Anglo American Brasil. “É um momento importante e receber esse prêmio significa reconhecimento do nosso trabalho. Queremos servir de inspiração para outros nessa jornada e em busca de fazer sempre o melhor”. Para Ana Sanches, falar em ESG e mineração é ter a atividade como solução para a transição energética, pensando de forma sustentável e responsável. Sobre o S, é importante ter escuta ativa e saber como contribuir com as comunidades para deixar um legado para a população local.

Logo depois houve a entrega do troféu na categoria Inovação/Tecnologia – Médio Porte para a Boston Metal do Brasil. A entrega foi feita pela conselheira de Brasil Mineral Maria José Salum a Itamar Resende, presidente da Boston Metal do Brasil. “É um orgulho muito grande receber o prêmio e a Boston Metals tem como foco a produção de metais e ligas especiais no Brasil. “Uma célula eletrolítica pode produzir qualquer metal”, disse ele, acrescentando que na unidade que a empresa possui no Brasil obtém tântalo e nióbio a partir da fundição da escória para a produção dos metais. E dedicou o título “aos funcionários e aos acionistas que acreditam no projeto”.

Na categoria Crescimento – Médio Porte, a entrega foi feita por Camilo Farace, conselheiro de Brasil Mineral para Pitágoras Costa, diretor de Projetos e Construção da Aura Minerals. “É um orgulho receber esse prêmio por reconhecer o que a Aura acredita em um crescimento sustentável, um básico bem feito, com as pessoas como prioridade. A mineração está em locais remotos e onde não existem oportunidades. Temos dois projetos, em Almas e Borborema, que nos dão esse prêmio. São mais de 365 pessoas treinadas e capacitadas pela companhia. Temos segurança que o modo Aura de trabalhar tem nos proporcionado esses resultados. O que a gente faz é o certo e traz grandes resultados”.

Na sequência, ocorreu a entrega do troféu na categoria Crescimento para a Vale. A entrega foi feita por Arão Portugal, conselheiro de Brasil Mineral, a Rafael Bittar, VP Executivo Técnico da Vale. A mineradora recebeu também troféu na categoria Inovação/Tecnologia – Grande Porte, de Cláudia Diniz, conselheira de Brasil Mineral. Falando em nome da empresa, Rafael Bittar disse: “Não queremos protagonismo para a Vale, mas para o setor mineral brasileiro no qual estamos inseridos. Anunciamos recentemente o programa Novo Carajás, de R$ 65 bilhões, e precisamos acelerar projetos, além de um programa de crescimento em Minas Gerais, da ordem de R$ 60 bilhões, em Capanema. Destaco o programa de US$ 5 bilhões para descaracterizar 30 barragens até 2035”.

Em inovação e tecnologia, segundo ele, a Vale investiu US$ 750 milhões no último ano e tem cinco centros de pesquisa no Brasil. “Temos cerca de 300 mil melhorias já com resultados constatados: temos o projeto de briquetes, uma alternativa à pelota e que reduz as emissões. Lançamos o ‘Nossa Visão de Mineração do Futuro’ baseado em cinco pilares: Autônomos (caminhões e perfuratrizes) e uma usina modelo automatizada; Zero Rejeito e carbono Neutro; a Vale já produz areia a partir de rejeitos e temos o maior programa de circularidade. Vamos produzir 20 milhões de toneladas de minério de ferro e a expectativa é que 10% da produção venha da circularidade. Em relação ao carbono neutro, estamos desenvolvendo o uso de combustíveis limpos para caminhões; Valor Compartilhado: precisamos nos comunicar melhor abrindo as portas e sendo mais presentes onde operamos; Formação de Mão-de-Obra do Futuro: temos que achar funções que reduzam os riscos às pessoas. “A mineração legal protege e temos ativos minerais únicos, temos que agir com responsabilidade”.

O presidente da FIEMG, Flávio Roscoe encerrou o evento dizendo que o setor tem o desafio de mudar a comunicação junto à sociedade para melhorar a imagem e a reputação da mineração. “Temos que começar dentro de casa e temos que defender o setor, que não tem informações. Temos que mudar a percepção da sociedade sobre o setor mineral, um trabalho que depende da união de todos”. O evento teve patrocínio da Core Case, Metso e Geosol e como entidades parceiras, o SindiExtra e a FIEMG.

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