
De acordo com informações publicadas pela Reuters e outras fontes, a China emitiu discretamente (isto é, sem tornar públicas) suas primeiras cotas de mineração e fundição de terras raras para 2025 sem a típica declaração pública, o que parece indicar que o país está reforçando seu controle sobre esse segmento, em que tem atuação preponderante.
Normalmente o mercado monitora de perto as cotas anunciadas pela China, para ter uma indicação de como está a oferta global de um grupo de 17 elementos utilizados em veículos elétricos. Ainda conforme a Reuters, a China é o maior produtor mundiais de terras raras e normalmente o governo chinês divulga as cotas para as empresas estatais duas vezes por ano. Nos anos anteriores, o primeiro anúncio era feito no primeiro trimestre. Mas, em 2025, a divulgação foi adiada. Somente em junho o governo anunciou as cotas.
Mesmo com as restrições e controle mais rigoroso, as exportações de terras raras da China aumentaram em junho, chegando ao maior nível desde 2009 (7.742,2 toneladas). Porém, considerando todo o primeiro semestre de 2025, houve uma queda de 15,3% nas exportações quando comparado ao mesmo período de 2024. Analistas opinam que em 2025 a mineração de terras raras na China pode ter uma redução de 5%, o que parece corroborar a intenção do governo chinês de manter os preços elevados através da restrição de oferta.
Estima-se que a produção de óxido de terras raras na China em 2025 pode aumentar entre 10,8% e 12,6%, variando de 116,3 mil a 118,2 mil toneladas. Já as exportações poderão variar entre 38,7 mil e 39,4 mil toneladas.
A China tem aumentado o controle sobre a oferta de terras raras, inclusive adicionando vários elementos e ímãs a sua lista de restrições de exportação, como uma forma de retaliação aos aumentos de tarifas por parte dos EUA.
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