
Com o prëmio, a CBMM reconhece trajetórias de brasileiros que contribuíram para posicionar o País na vanguarda da geração de conhecimento e da inovação aplicada.
A CBMM realizou, dia 2 de outubro, a cerimônia de premiação da 7ª edição do Prêmio CBMM de Ciência e Tecnologia, na Sala Minas Gerais, em Belo Horizonte. O evento contou com a apresentação da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais. Ao destacar a visão estratégica e o compromisso com o desenvolvimento sustentável dos cientistas Paulo Eduardo Artaxo Netto, professor titular do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP), e Jarbas Caiado de Castro Neto, professor titular do Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP), a CBMM reconhece trajetórias de brasileiros que contribuíram para posicionar o País na vanguarda da geração de conhecimento e da inovação aplicada. “A CBMM é movida pela inovação e a Ciência e a Tecnologia fazem parte de nossa trajetória. Foi com esse espírito que, em 2019, criamos o Prêmio CBMM, com o objetivo de reconhecer profissionais que transformam conhecimento em soluções concretas para a sociedade”, explica Ricardo Lima, CEO da CBMM.
Os vencedores desta edição foram escolhidos entre mais de dois mil inscritos e foram avaliados por uma comissão julgadora independente, formada por renomados profissionais e representantes da academia, garantindo imparcialidade e rigor no processo de seleção. "O Prêmio CBMM tem um valor inestimável para toda a sociedade brasileira. É um dos poucos exemplos, onde vemos o apoio da iniciativa privada ao desenvolvimento científico tecnológico nacional”, destacou Paulo Artaxo durante a cerimônia de premiação.
Jarbas Caiado disse que o prêmio se tornou o mais importante do Brasil, quando falamos em ciência e tecnologia. “Receber este prêmio é uma grande honra. É um grande marco em minha trajetória”. “A premiação não apenas reconhece grandes legados, mas também inspira novas gerações. Nós, da CBMM, acreditamos que fomentar a pesquisa científica e tecnológica é essencial para que o Brasil conquiste o protagonismo que merece no cenário internacional. Sem esses pilares, não há progresso econômico, social ou ambiental sustentável”, reforça Ricardo Lima.
Criado em 2019, o Prêmio CBMM de Ciência e Tecnologia já recebeu mais de 6.300 inscrições de profissionais de todas as regiões do Brasil, abrangendo áreas como Física, Química, Ciências da Vida, Engenharias, Matemática, Computação e Ciências da Terra. Para concorrer, os pesquisadores se inscrevem voluntariamente ou são indicados por instituições, empresas e profissionais renomados nas áreas de Ciência e Tecnologia.
Na categoria Ciência, foi premiado Paulo Eduardo Artaxo Netto, professor titular do Instituto de Física da USP, onde coordena o Centro de Estudos Amazônia Sustentável. Artaxo é membro do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU (IPCC) e pautou sua carreira nas pesquisas sobre mudanças climáticas e a sustentabilidade ambiental da Amazônia. Ele recebeu diversos prêmios e reconhecimentos internacionais, como o título de Doutor Honoris Causa na Universidade de Estocolmo, o prêmio PIFI da Chinese Academy of Sciences e fez parte da equipe do IPCC que foi agraciada com o Prêmio Nobel da Paz em 2007. É um dos pesquisadores mais citados no mundo nos últimos 10 anos na área ambiental.
Suas pesquisas sobre como ações humanas alteram o clima, o balanço de radiação, o ciclo da água e os ecossistemas são guias e alertas para a necessidade de ações urgentes para a construção de uma sociedade sustentável. Sua dedicação ao assunto fez dele um dos mais importantes cientistas do mundo, ouvido por membros do poder público e de grandes empresas privadas e por instituições de ensino e pesquisa. Em constante diálogo com diversos setores da sociedade, Paulo Artaxo transforma seus estudos em uma luta pelo planeta.
Já na categoria Tecnologia, o vencedor foi Jarbas Caiado de Castro Neto, mestre em Física pela USP, PhD pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT) e professor titular do Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP). No Instituto, criou o Grupo de Óptica em 1982 que, atualmente, reúne cerca de 250 membros. Fundou diversas empresas e espaços de pesquisa de base tecnológica, entre eles, a Oficina de Óptica de Precisão do IFSC, berço de inovações e empreendedorismo tecnológico único no país. Os equipamentos desenvolvidos por Caiado já ajudaram a preservar a visão de milhões de pessoas, como os lasers verdes empregados no tratamento da retina ocular, ferramenta-padrão dos oftalmologistas brasileiros.
O trabalho está também em câmeras de satélites, microscópios, topógrafos e muitos outros instrumentos de precisão para oftalmologia, odontologia, agricultura, defesa e aplicações espaciais. Uma história em que o conhecimento e o espírito empreendedor caminham juntos para transformar ideias em soluções concretas com impactos em múltiplas áreas. Jarbas Caiado inspira a nova geração de pesquisadores a atuar de forma prática em busca de inovações que melhoram a vida das pessoas.
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