Uma nova análise de segmentação de 844 especialistas globais em sustentabilidade, conduzida pela GlobeScan em colaboração com a ERM e a Volans, identificou quatro mentalidades distintas que moldam a forma como as partes interessadas se envolvem com a agenda da sustentabilidade. Com base nas avaliações de especialistas sobre diferentes ações para gerar impacto positivo, essa segmentação identifica grupos com perspectivas compartilhadas sobre o que funciona melhor para promover a sustentabilidade no futuro.
Dois desses segmentos de partes interessadas refletem uma orientação mais voltada para a preservação do sistema: os Tradicionalistas (42%) defendem o progresso por meio de abordagens focadas em regulamentação e conformidade, enquanto os Institucionalistas (9%) preferem soluções tecnocráticas e a manutenção do sistema existente. Os outros dois segmentos de partes interessadas tendem à transformação. Os Radicais (26%) defendem mudanças profundas e impulsionadas pela justiça, lideradas pelo ativismo e pela mobilização social, enquanto os Pioneiros (23%) apoiam um progresso ambicioso em sustentabilidade, baseado em inovação, tecnologia e soluções baseadas no mercado.
A coexistência dessas perspectivas divergentes representa um desafio complexo para os líderes empresariais. Enquanto os tradicionalistas valorizam a continuidade e a conformidade, os radicais buscam uma transformação ousada e centrada na justiça. Os pioneiros e os institucionalistas ocupam o meio-termo, equilibrando ambição com pragmatismo. Para ter sucesso neste cenário fragmentado, as empresas devem adotar uma mentalidade de "sim, e", que concilie a estabilidade do sistema com a transformação, a conformidade com a inovação e a equidade com a eficiência. À medida que as expectativas das partes interessadas aumentam e o escrutínio se intensifica, estratégias integradas que superem essas divisões são essenciais para manter a legitimidade, gerenciar o risco reputacional e demonstrar liderança confiável.
Esta análise é baseada em uma pesquisa com 844 profissionais de sustentabilidade em 72 países ao redor do mundo. A pesquisa avaliou em que medida cada um dos seguintes itens poderia potencialmente levar a resultados positivos significativos em sustentabilidade nos próximos cinco anos, onde a escala de 5 pontos representa "impacto positivo muito significativo", 3 é "impacto positivo moderado" e 1 é o potencial de não ter "nenhum impacto positivo". Os entrevistados foram segmentados estatisticamente com base em sua classificação de 64 ações e intervenções potenciais.
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