
Vânia Andrade
Como conselheira da Revista Brasil Mineral, fui convidada, assim como os demais colegas, a contribuir com considerações sobre o tema “Engenharia e Consultoria Mineral no Brasil”. Vejo, com alguma preocupação, duas lacunas na atuação das empresas e consultorias voltadas à atividade minerária.
A primeira refere-se à consideração dos impactos dos eventos extremos, advindos das mudanças climáticas, iniciando pela negação de sua existência por vários profissionais. Talvez este fato seja menos frequente hoje do que há algum tempo, tendo em vista as frequentes notícias de inundações e secas que vêm se intensificando e de seus efeitos devastadores. Estas, aos poucos, vão convencendo os mais radicais negacionistas. No entanto, pouco tenho visto de considerações destes eventos nos empreendimentos atuais e novos projetos, salvo os impactos nas estruturas geotécnicas devido ao excesso de chuvas. Ainda neste caso, a falta de parâmetros de referência, normas técnicas atualizadas e regulamentação nos dizem que devemos ser extremamente conservadores, o que eu temo não ser a prática. Algumas perguntas: as empresas estão adotando, por exemplo, medidas mitigatórias para o caso de secas extremas? Os processos de beneficiamento estão sendo selecionados levando em conta este risco? Com pouca chance de errar, posso afirmar que, sem água, não tem operação, salvo em regiões já com importante déficit hídrico, onde a falta de água é a norma. Outra dúvida: a seleção dos processos leva em conta a geração de gases de efeito estufa?
Veja a matéria completa na edição 448 de Brasil Mineral
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