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PESQUISA & PROSPECÇÃO MINERAL

Ero Brasil segue ritmo intenso para expandir reservas e recursos

Por admin
Ero Brasil segue ritmo intenso para expandir reservas e recursos

Nos últimos anos, os leitores de Brasil Mineral vêm garantindo a presença constante da Ero Brasil na galeria das Empresas do Ano do Setor Mineral. Neste ano, a companhia foi destaque na categoria Pesquisa/Prospecção Mineral, recebendo 43,8% dos votos em relação às suas concorrentes como “empresa de grande porte”, um reconhecimento em especial aos projetos de pesquisa mineral que estão sendo realizados na Bahia e no Pará.

O forte compromisso com a pesquisa mineral e o crescimento orgânico se tornam perceptíveis ao avaliar os valores já aplicados: de 2017 até 2024, foram investidos entre US$ 20 milhões a US$ 50 milhões por ano, incluindo a pesquisa de curto prazo nas unidades de Caraíba e Xavantina (para expansão das reservas e recursos), com média de US$ 30 milhões a US$ 35 milhões.

Segundo Filipe Scofano Maia Porto, diretor de Exploração Brasil da empresa, entre os planos para o futuro se incluem: garantir o aumento da vida útil da operação Tucumã, com trabalho de sondagem iniciado em outubro de 2024; adicionar recursos e reservas; avaliar o potencial para operação de lavra econômica subterrânea no Projeto Furnas; concluir o shaft em Pilar; expandir os recursos e reservas nas unidades de Caraíba e Xavantina, “seguindo o perfil agressivo de duplicação ou triplicação das reservas e recursos” – objetivo que inclui a descoberta de novo depósito mineral econômico nestas unidades; e a continuidade de exploração e avaliação de oportunidades no país.

Ele informa que a Ero Brasil concluiu, recentemente, a estimativa de recursos baseada em sondagens diamantadas históricas executadas pela Vale (majoritariamente) e Anglo American em Carajás (PA). Foram executados >90,000m ao longo dos 8km mineralizados do depósito Furnas. As sondagens testaram a mineralização até 300m de profundidade vertical e permitiram delinear duas zonas de alto teor nos setores sudeste (“SE”) e noroeste (“NW”) do depósito.

Os trabalhos de estimativa de recursos da Ero bloquearam mineralização de alto teor de pouco menos que 100 milhões de toneladas em massa com teores de aproximadamente 1.05% Cu e 0.65g/t Au (considerando-se teor de corte de >1% CuEq = cobre equivalente, calculado a partir de somatório de teor de Cu e de Au em função de preços e recuperações metalúrgicas para os dois metais. A mineralização está aberta em profundidade, e os trabalhos de pesquisa mineral da Fase 1 do projeto destinarão 28.000m de sondagens diamantadas visando bloquear recursos passíveis de uma lavra subterrânea de altos teores de cobre e ouro na Província Mineral de Carajás.

Filipe Porto diz ainda que o interesse na área foi despertado “por sua excelente localização geológica e geográfica, além da possível parceria com a Vale”. Do ponto de vista geológico, o depósito Furnas localiza-se a 50km a SE do depósito Salobo, da Vale Base Metals, com produção nominal anual projetada para 36 milhões t/ano, contribuindo com aproximadamente 220 mil t de cobre por ano.

Ambos os depósitos, juntamente com o depósito Paulo Afonso, estão localizados no trend do Cinzento, uma das regiões mais prolíficas para depósitos minerais de Carajás. “Ainda do ponto de vista geológico, a Província Mineral de Carajás hospeda diversos depósitos do tipo IOCG (Iron Oxide Copper Gold) como o Salobo e a própria operação de Tucumã, inaugurada pela Ero Brasil em setembro/2024. Do ponto de vista geográfico, o depósito se localiza a 15 km de extensa infraestrutura na região de Carajás, incluindo a pera ferroviária da Vale e a cidade de Parauapebas. Estes fatores foram bastante atrativos para o projeto de crescimento da Ero em Carajás, em parceria com a Vale”, prossegue Porto.

O acordo definitivo de possibilidade de aquisição (Earn-In Agreement) de 60% do Projeto da Vale foi assinado em Julho/2024 e prevê três fases de pesquisa mineral em 5 anos, com sondagens e diversos estudos de engenharia, culminando com um estudo de viabilidade econômica ao final da Fase 3.

A Fase 1 terá uma duração de 18 meses a partir da data de assinatura do acordo, com mínimo de 28.000m de sondagem e estudo preliminar de engenharia (Scoping Study). A Fase 2 também terá a duração de 18 meses a partir do término da Fase 1, com mínimo de 17.000m de sondagem e estudo de pré-viabilidade econômica. E, por fim, a Fase 3 prevê uma duração de 24 meses a partir do término da Fase 2, com mínimo de 45.000m de sondagem e estudo definitivo de viabilidade econômica.

Veja a matéria completa na edição 444 de Brasil Mineral

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