
A Fundação João Pinheiro (FJP) publicou a Nota Técnica nº 3/2025 - A exploração do lítio e as possibilidades para o desenvolvimento do Vale do Jequitinhonha. O estudo analisa os impactos socioeconômicos e ambientais da cadeia do lítio em Minas Gerais, com foco nos municípios de Araçuaí e Itinga, onde a atividade vem se expandindo com mais intensidade. O documento destaca os avanços na geração de empregos formais, o aumento da arrecadação municipal por meio da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM), do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) e do Imposto Sobre Serviços (ISS), e os desafios impostos à infraestrutura e aos serviços públicos locais. A publicação também propõe diretrizes de políticas públicas que assegurem que a exploração mineral contribua, de fato, para o desenvolvimento sustentável da região.
Segundo o professor Alexandre Queiroz Guimarães, coordenador do Núcleo de Estudos e Análises de Desenvolvimento Econômico e Regional (Neader/FJP) e um dos autores do estudo, o objetivo da nota é fornecer uma análise técnica qualificada que ajude a orientar o debate público e a formulação de políticas. "A mineração pode ser uma alavanca de desenvolvimento, mas isso exige planejamento, governança e investimentos que preparem o território para o futuro”, observa. Com base em entrevistas, dados econômicos e experiências internacionais, como as do Chile e da Argentina, o documento reforça a importância da governança pública e da transparência na aplicação dos recursos gerados pela mineração.
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