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EUA retiram sobretaxa para aço brasileiro que vigorava desde 1992

Por evando
EUA retiram sobretaxa para aço brasileiro que vigorava desde 1992

Mais de três décadas depois, os Estados Unidos decidiram retirar a barreira comercial que afeta a siderurgia brasileira. Trata-se do direito antidumping que existia sobre os tubos soldados de aço produzidos e exportados pelo Brasil, para os quais existia uma sobretaxa de 103,4% para que os produtos pudessem ser comercializados no mercado norte-americano. O direito anti-dumping, em vigor desde 1992, foi revogado pela Comissão Internacional dos Estados Unidos.

Para o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio e vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, a decisão contribuirá para impulsionar as exportações brasileiras já em 2024. “É uma conquista importante, que vai expandir ainda mais a exportação siderúrgica de tubos de aço para os Estados Unidos”, disse ele. por ocasião do anúncio do superávit da balança comercial brasileira em 2023, que alcançou mais de US$ 98 bilhões.

O direito antidumping, que é permitido pela OMC (Organização Mundial do Comércio), aplica-se quando um país alega que um concorrente está comercializando uma mercadoria abaixo do preço de custo, o que caracterizaria competição desleal com um produto nacional. Para que a sobretaxa seja retirada, é necessário que o país que sofreu a penalização comprove que não vende mercadoria abaixo do custo de produção.

Segundo a secretária de Comércio Exterior, Tatiana Prazeres, o Brasil era o único país a sofrer esse tipo de punição que teve a sobretaxa retirada após a revisão do governo norte-americano. “Isso prova como o governo brasileiro está empenhado na defesa das empresas brasileiras no exterior e conseguiu provar que o direito antidumping não cabia”, disse ela. Os EUA mantiveram a sobretaxa para tubos soldados de aço não ligados de países como Índia, México, Coreia do Sul, Taiwan e Tailândia.

De acordo com o MDIC, em 2023 o Brasil exportou cerca de US$ 22 milhões em tubos soldados de aço, dos quais somente US$ 457 mil foram destinados aos Estados Unidos. Com a queda da sobretaxa, a expectativa é que esse valor aumente já a partir deste ano.

 

Superávit do País cresce 60%

 

Conforme divulgado pelo governo, impulsionada pela safra recorde de soja e pela queda das importações, a balança comercial brasileira encerrou 2023 com superávit recorde de US$ 98,839 bilhões, resultado que representa uma alta de 60,6% sobre 2022, o melhor resultado desde 1989, pelo critério da média diária. A contribuição do setor mineral para o saldo comercial em 2023 foi de US$ 21,9 bilhões.

Em 2023, as exportações atingiram recorde, enquanto as importações recuaram. O País vendeu ao exterior o equivalente a US$ 339,673 bilhões e comprou US$ 240,835 bilhões, recuo de 11,7% na mesma comparação. A meta do governo, para 2024 é que as exportações alcancem U$ 348 bilhões e o superávit some US$ 94,4 bilhões.

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