
Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Rochas Ornamentais (Abirochas), as exportações do setor alcançaram US$ 459,1 milhões e 665,1 mil toneladas no primeiro quadrimestre de 2025, um crescimento de 19,5% e 4%, respectivamente, sobre o mesmo período de 2024. O faturamento da indústria de rochas ornamentais em abril superou US$ 100 milhões, repetindo o desempenho registrado nos três primeiros meses do quadrimestre. O preço médio das exportações teve elevação de 14,9% e somou US$ 690,3/t.
Para as rochas processadas, o crescimento foi de 19,9%, com preço médio de US$ 1.331,4/t, enquanto asrochas silicáticas e silicosas brutas tiveram elevação de 9,2% em seu preço médio, atingindo US$ 261,2/t e sendo alavancadas pelo incremento de 15% do preço médio dos blocos de granito da posição 2516.12.00. A participação dos blocos de quartzito maciço e quartzo natural, no total do faturamento das exportações, recuou de 7,4% para 7,1%, enquanto em volume físico elevou-se de 7,4% para 8,7%, o que foi devido a uma queda de 6,8% do seu preço médio frente ao 1º quadrimestre de 2024. Com US$ 558,8/t, este preço médio permanece, no entanto, muito mais elevado do que as demais rochas brutas exportadas.
As rochas quartzíticas maciças e de quartzo cristalino, considerando blocos e chapas, já representaram 53,3% do faturamento e 22,3% do volume físico das exportações brasileiras, superando em faturamento a participação dos granitos e rochas silicáticas em geral. O aumento do volume físico das exportações de blocos de quartzito maciço e quartzo natural, a par da tendência de queda de seu preço médio, sinaliza um processo indesejável de comoditização destes produtos comerciais, que deverá futuramente estender-se para suas chapas. Apenas os produtos acabados/finais permitem evitar a tendência de comoditização e manter a diversificação da carteira de rochas brasileiras comercializadas no mercado interno e, sobretudo, no externo. Pode-se assim prescindir do processo contínuo e intenso de abertura de frentes de lavra para novos materiais e o descomissionamento de lavras ativas, pela perda de sua economicidade. As importações do 1º quadrimestre somaram US$ 12,8 milhões e 25,4 mil toneladas, com variação de respectivamente 16,1% e 18,5%. Seu preço médio teve variação negativa de 2%, atingindo US$ 504,7/t. As rochas carbonáticas, em blocos e chapas, representaram a maior parte dessas importações. Turquia, México, Índia e Egito foram os maiores fornecedores para o Brasil.
Carregando recomendações...