Fundo BNDES-Vale terá R$ 3 bilhões para financiar junior companies

Inicialmente o fundo deve chegar a R$ 3 bilhões de investimentos em Junior Companies e está em fase final de estruturação para começar a operar.
José Gordon, do BNDES, reiterou, durante o Invest Mining Summit 2025, que o Brasil vai ser um dos grandes players globais na agenda de energia renovável, de descarbonização da economia e das tecnologias verdes, que precisam de minerais. E que o BNDES tem feito alguns movimentos para tentar fortalecer essa agenda.
A primeira coisa que o Banco fez, segundo ele, foi lançar um fundo em parceria com a Vale, inicialmente para a parte de pesquisa mineral, para apoiar Junior Companies, em parceria com o mercado de capitais. Inicialmente o fundo deve chegar a R$ 3 bilhões de investimentos em Junior Companies e está em fase final de estruturação para começar a operar.
Uma segunda agenda do Banco, pensando na agregação de valor, ou seja, não ficar apenas na extração, foi lançado um edital do BNDES e Finep, em parceria com o Ministério de Minas e Energia, com o MDIC, para identificar os projetos que existem no País que precisam ser apoiados com financiamento. Ele informou que inicialmente foram disponibilizados R$ 5 bilhões e houve uma demanda de 124 projetos, totalizando R$ 85 bilhões. “Obviamente fizemos uma análise e selecionamos 46 projetos, somando 56 bilhões de reais, para serem apoiados. Tenho certeza de que, a partir desses projetos que vão ser apoiados pelo BNDES, junto com a Finep, com o apoio do Ministério das Minas e Energia, nós vamos fazer uma diferença no Brasil. O setor vai dar um grande salto. Nós estamos agora exatamente no momento de construir as soluções”, afirmou o dirigente, acrescentando que há duas linhas estratégicas para apoiar esses projetos. A primeira é a linha do Fundo Clima, que em 2024 dispunha de R$ 10 bilhões e que em 2025 tem pelo menos R$ 14 bilhões para apoiar a agenda verde. E há uma outra linha diferenciada, para apoio ao desenvolvimento de tecnologia, manufatura 4.0, que disponibilizou, até setembro, R$ 60 bilhões para o setor empresarial, a maior parte para inovação industrial.
E existe ainda, segundo ele, a possibilidade de a BNDESPar investir diretamente em participação nessas empresas. “Após mais de 10 anos, o BNDES volta a fazer esse tipo de investimento”, ressaltou.
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