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Fusões e aquisições crescem mais de 50% no primeiro semestre

Por evando
Fusões e aquisições crescem mais de 50% no primeiro semestre

Um estudo da KPMG mostrou que as empresas de mineração realizaram 14 operações de fusões e aquisições no primeiro semestre deste ano, um crescimento de mais de 50% quando comparado com a primeira metade de 2024, quando foram fechados nove negócios. O estudo é feito trimestralmente com 43 setores da economia. Com relação ao tipo de transação fechada até junho, das 14 operações realizadas entre empresas brasileiras e as que envolveram empresa estrangeira adquirindo capital de outra estabelecida no Brasil foram a maioria, sendo cinco cada uma (CB1). Outras duas foram feitas por organização do país comprando, de estrangeiros, outra brasileira (CB3). Uma foi concretizada por brasileiro adquirindo, de estrangeiros, outra estabelecida no exterior (CB2) ou outra foi de estrangeiro comprando de estrangeiros capital de empresa estabelecida no Brasil (CB4). "Em comparação com o semestre passado, houve mais operações com estrangeiros comprando empresas brasileiras, ficando, em 2025, no mesmo patamar das transações entre brasileiras. Isso indica que as mineradoras daqui estão no radar dos investidores estrangeiros”, analisa o coordenador da pesquisa e sócio da KPMG, Paulo Guilherme Coimbra.

As empresas brasileiras realizaram 739 operações de fusões e aquisições no primeiro semestre deste ano, retração de quase 5% em comparação com o mesmo período de 2024, quando foram concretizados 776 negócios. O estudo apontou ainda que houve um aumento na quantidade de transações em que investidores estrangeiros compram empresas brasileiras. No primeiro semestre deste ano, foram 199 operações contra 178, no intervalo equivalente de 2024, um acréscimo de quase 12%. O mesmo movimento aconteceu nas operações em que organizações brasileiras adquiriram outra estabelecida no exterior, passando de 47, nos primeiros meses do ano passado, para 58 este ano (23%). “De forma geral, o cenário de fusões e aquisições permaneceu estável, apesar de questões globais geopolíticas e fiscais no mercado interno. E esses dois tipos de negociações sustentaram o número de transações realizadas este semestre. Por outro lado, as operações domésticas, envolvendo apenas investidores brasileiros, tiveram uma queda, apontando que o mercado interno sofreu uma pequena retração no período, ocasionado pelas altas de juros e discussões fiscais”, finaliza Coimbra.

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