IBGM lidera assinatura de Protocolo de Intenções do Projeto Ouro sem Mercúrio

A iniciativa está alinhada Convenção de Minamata, tratado internacional do qual o Brasil é signatário e que prevê a eliminação gradual do mercúrio.
Liderado pelo Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos (IBGM), o setor de mineração assinou recentemente o Protocolo de Intenções do Projeto Ouro sem Mercúrio. O diretor e presidente da Comissão de Mineração do Ouro do IBGM, Roberto Cavalcante, destacou que a medida responde a um anseio global por práticas sustentáveis. “Esse protocolo é inédito e nasce em Mato Grosso, fruto da mentalidade empreendedora dos mineradores da Baixada Cuiabana. Estamos garantindo que o consumidor, no Brasil e no exterior, tenha acesso a joias produzidas com ouro certificado, que não vem de áreas de conflito, terras indígenas ou unidades de conservação, e que não traz os riscos ambientais e à saúde associados ao mercúrio”, afirmou.
A iniciativa está alinhada Convenção de Minamata, tratado internacional do qual o Brasil é signatário e que prevê a eliminação gradual do mercúrio. “O ouro certificado só é possível sem a presença desse metal pesado, que muitas vezes entra no país de forma ilegal. A Expominério tem a grandeza de trazer esse debate, mostrando que o setor está comprometido em avançar para um modelo limpo e inovador”, completou Cavalcante. O acordo foi firmado inicialmente com cinco mineradoras da Baixada Cuiabana – Santa Catarina, Jatobá, Chimbuva, Buriti e Santa Clara – que se comprometeram a produzir ouro 100% livre de mercúrio, rastreado, certificado e com selo verde. A iniciativa inaugura um novo padrão de responsabilidade socioambiental e credibilidade internacional para o ouro brasileiro, atendendo tanto ao mercado interno quanto às exigências de consumidores globais. O deputado estadual e Presidente da Câmera de Deputados Max Russi e o embaixador da Indonésia no Brasil, Edi Yusup, assinaram o protocolo como testemunhas de honra, reforçando o peso político e internacional da iniciativa.
Para Valdinei Mauro de Souza, minerador e embaixador da Expominério 2025, o protocolo é prova de transformação real: “Estamos há um ano 100% livres do mercúrio. Essa conquista mostra que é possível produzir com responsabilidade e ainda conquistar reconhecimento internacional”. Já o deputado Max Russi destacou a convergência entre mineração, educação e inovação: “Mineração não é apenas extração, é investimento em conhecimento, inovação e cidadania”, enquanto o embaixador Edi Yusup reforçou a dimensão internacional do protocolo: “Brasil e Indonésia compartilham desafios e oportunidades. Esta iniciativa mostra que Mato Grosso pode ser vitrine global em mineração sustentável”.
Representando o setor, o presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso (FIEMT), Silvio Rangel, afirmou o compromisso com a inovação e a capacitação de trabalhadores, essenciais para consolidar a competitividade do estado. O presidente executivo do IBGM, Écio Moraes, enviou mensagem em vídeo, reforçando a dimensão estratégica: “Este protocolo coloca Mato Grosso como vitrine de boas práticas, abrindo caminho para que o Brasil conquiste novos mercados e fortaleça sua reputação global no setor mineral”. Ao articular mineradores da Baixada Cuiabana e projetar Mato Grosso como pioneiro, o IBGM reafirma seu papel como elo entre setor produtivo, políticas públicas e consumidores globais. O Protocolo Ouro sem Mercúrio mostra que o país pode alinhar desenvolvimento econômico, preservação ambiental e credibilidade internacional – elementos centrais para a reputação da mineração brasileira no século XXI.
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