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Lucro líquido da CBA atinge R$ 131 milhões no trimestre

Lucro líquido da CBA atinge R$ 131 milhões no trimestre

Os produtos primários tiveram destaque com receita de líquida de R$1,2 bilhão, 13% a mais tanto em relação ao terceiro trimestre de 2024 quanto ao segundo trimestre de 2025.

A Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) registrou lucro líquido de R$ 131 milhões no terceiro trimestre de 2025, um crescimento de 51% em relação ao mesmo período do ano passado, refletindo avanços decorrentes de um cenário favorecido por uma demanda interna firme, principalmente dos setores consumidores, mesmo com a atividade industrial brasileira mais contida, preços internacionais do alumínio em alta e produção estabilizada. Todos os segmentos do negócio alumínio contribuíram para a receita líquida consolidada de R$ 2,3 bilhões, 5% superior em relação ao terceiro trimestre de 2024, incluindo o segmento de energia, com crescimento de 110% em relação ao mesmo período de 2024, beneficiado por melhores preços de comercialização.

Os produtos primários tiveram destaque com receita de líquida de R$1,2 bilhão, 13% a mais tanto em relação ao terceiro trimestre de 2024 quanto ao segundo trimestre de 2025. O resultado do segmento reflete o maior volume de vendas (72 mil toneladas), 7% superior em relação ao terceiro trimestre de 2024 e 18% na comparação com o segundo trimestre deste ano, impulsionado, principalmente, pela maior comercialização de lingote. As vendas de produtos transformados, de 34 mil toneladas e aumentaram 3% na comparação anual e ficaram estáveis em relação ao segundo trimestre de 2025, também refletindo uma demanda sólida, da qual se sobressaíram os produtos extrudados. Mesmo com o foco no mercado interno que concentra cerca de 90% das vendas, a CBA ampliou sua presença no mercado externo durante o período, expandindo as exportações de lingotes P1020 para os Países Baixos.

A CBA manteve produção estabilizada com um volume de 93 mil toneladas de alumínio líquido, um incremento de 9% na comparação com segundo trimestre deste ano e estável ante ao mesmo período do ano passado. O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) do negócio alumínio cresceu 22%, totalizando R$ 262 milhões. Já o EBITDA ajustado ficou em R$ 234 milhões (com margem de 10%), um recuo de 43% em relação ao 3T24, devido à marcação a mercado do excedente de energia e derivativos de energia, e redução na projeção de geração nos próximos anos, em função do período úmido desfavorável no subsistema Sul e Sudeste. O custo médio de produção do alumínio líquido foi de R$12.121/tonelada, estável em relação ao trimestre anterior, refletindo a melhoria dos indicadores operacionais pela normalização da operação da refinaria de alumina e pela retomada da produção de alumínio líquido. Essa evolução compensou o aumento do custo de energia, cujo crescimento foi em consequência do aumento da produção de alumínio, que levou ao maior consumo de energia dos contratos mais caros, dada a sazonalidade do período e menor geração de energia própria.

A CBA conseguiu reduzir a dívida líquida para R$ 3,3 bilhões com uma alavancagem de 2,45x. As captações realizadas no período totalizaram R$1,1 bilhão e reduziram a dívida bruta da CBA, que era R$ 4,2 bilhões ao final do segundo trimestre. A valorização do real frente ao dólar norte-americano também contribuiu para a redução da dívida, de US$/R$5,46 para US$/R$5,32 ao fim de cada período. Entre as captações, o destaque ficou para a 2ª emissão de debêntures da companhia, com prazo médio de sete anos e vencimento final em 2032. Em linha com o compromisso da CBA com as práticas sustentáveis, a emissão foi classificada como atrelada a indicadores ESG, estabelecendo metas anuais de redução na emissão de gases de efeito estufa na produção de alumínio.

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