
A Metso promove o SIM 2025 em Belo Horizonte para discutir com clientes os desafios da mineração, como transição energética e novas tecnologias, buscando soluções conjuntas em vez de receitas prontas.
“Um evento não para falar dos produtos e soluções da Metso, mas dos desafios enfrentados pelo setor mineral e os caminhos para vencer esses desafios”. É como Marcelo Motti, vice-presidente de Vendas e Serviços da Metso, define o SIM 2025, evento que está sendo organizado pela empresa, para convidados, e que será realizado no dia 6 de novembro próximo, em Belo Horizonte.
“Queremos mostrar aos clientes de mineração que estamos do mesmo lado da mesa, buscando entender as dificuldades e desafios do setor, discutindo e negociando soluções”, diz Motti, informando que o evento contará com a presença de importantes executivos de empresas de mineração e de membros do alto escalão da Metso, como o CEO global, Sami Takaloma e Eduardo Nilo, que é presidente da empresa na América do Sul, além do próprio Marcelo e outros membros da empresa no Brasil, para discutir temas como transição energética, mudanças geopolíticas, valorização e aproveitamento de rejeitos, uso de novas tecnologias no setor, gestão de pessoas e outros que representam desafios para o setor atualmente e no futuro próximo. O que a Metso pretende com o evento, ainda segundo o dirigente, é “buscar soluções que sejam construídas em conjunto, ao invés de apresentar receitas prontas”.
Um exemplo dessas novas soluções é uma planta que foi desenvolvida para um cliente no Brasil, para recuperação do minério contido nas barragens de rejeitos e que é fornecida ao cliente com base no modelo de prestação de serviços, em que a Metso é remunerada por tonelada produzida. É um modelo de negócio que está se disseminando e no qual a empresa vê muito potencial, apesar do alto investimento requerido, já que a Metso assume o Capex do equipamento, o que contribui para aliviar o caixa do cliente. Atualmente, o Brasil é o único país onde a Metso faz esse tipo de operação.
Outra frente em que a Metso está avançando bastante é na operação de unidades de britagem em sites de clientes. Como salienta o dirigente, esta é uma área em que a Metso tem grande solidez de atuação, inclusive porque, no Brasil, a empresa nasceu com foco em britagem, um tipo de operação que está em seu DNA. “Em britagem, aprendemos a fazer o melhor, não só em termos de equipamentos, como também de processos”, diz.
Motti afirma que a Metso também tem empreendido esforços no desenvolvimento de processos para atender a projetos na área dos chamados minerais críticos para transição energética, tais como cobre, lítio, terras raras, níquel, grafita e outros. Nessa linha, uma tecnologia importante da empresa é a lixiviação alcalina para espodumênio e outros minerais de lítio. Os processos alcalinos de extração de lítio da Metaso têm a vantagem de possibilitar uma rota direta para a produção de carbonato de lítio, uma alternativa atrativa e de baixo custo. Outra solução que a Metso tem em seu portfólio é a do tratamento de baterias, permitindo recuperar e reciclar os materiais nelas contidos. “Estamos investindo nessa direção e não descartamos também aquisições de outras tecnologias. Entendemos que o movimento do mercado para esses minerais é uma necessidade. E como somos uma empresa que se posiciona como líder no mercado de soluções para processamento na área de mineração, não podemos nos abster de estar também nessas áreas. Evidentemente, o ingresso nesse segmeto requer mais especialização e a Metso já está cuidando disso, trazendo para o seu corpo técnico mais especialistas em áreas como separação magnética, filtragem e outras, diz ele.
Para o dirigente, uma vantagem competitiva da Metso é que ela hoje tem hoje condições de fabricar praticamente tudo que está em seu portfólio no Brasil. Isto é importante, principalmente num momento de disrupção nas cadeias de suprimento, em decorrência dos problemas geopolíticos globais.
Com relação à redução nos prazos para fabricação e entrega de equipamentos, uma demanda frequente dos clientes, o executivo afirma que a empresa se empenha para que a entrega seja feita o mais rapidamente possível, mas tudo depende do nível de customização. Ou seja, o prazo está diretamente proporcional aos requisitos variáveis que os clientes demandam. Um ponto positivo para o mercado brasileiro é que, além do seu nível de capacitação, em termos de volume de produção a unidade brasileira da Metso, que conta com um contingente de 2 mil funcionários, é a segunda maior no mundo, contribuindo para agilização nos prazos de entrega.
Para maiores informações sobre o SIM 2025, os interessados podem entrar em contato pelo email carolina.lopes@metso.com
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