O Dia Mundial da Mineração, celebrado em 7 de maio, vai além de uma homenagem a uma das atividades econômicas mais tradicionais do Brasil. É também um momento para refletir sobre os caminhos que a mineração vem trilhando para aliar desenvolvimento econômico e responsabilidade socioambiental.
A mineração brasileira sempre foi um motor estratégico para o crescimento do país. Desde a geração de empregos e renda até a sustentação de cadeias produtivas essenciais, o setor desempenha um papel vital na economia nacional. Agora, vive um novo momento: a necessidade de evoluir de forma sustentável, garantindo a longevidade dos negócios e a preservação dos recursos naturais.
Essa transformação não é apenas uma resposta à crescente cobrança de investidores, governos e sociedade civil. É uma oportunidade concreta de fortalecer a competitividade do setor, atrair novos investimentos e talentos, e consolidar a posição do Brasil como líder global em práticas responsáveis e sustentáveis.
A mineração sustentável vai muito além da mitigação de impactos. Ela implica uma mudança profunda na forma como os projetos são planejados, operados, encerrados. Envolve incorporar tecnologias de baixo impacto em emissões, otimizar o uso de recursos como água e energia, incrementar eficiência operacional, recuperar áreas degradadas e, principalmente, pensar no uso futuro dos territórios, promovendo a compensação ambiental e a construção de legados positivos para as comunidades.
Acreditamos que sustentabilidade e viabilidade econômica caminham lado a lado e devem girar em torno de três áreas de foco essenciais:
- Preparação para o futuro com a mineração sustentável: impulsionar uma mineração pronta para o futuro, por meio da sustentabilidade, tecnologias de baixo impacto e do desempenho econômico.
- Conservação da biodiversidade: proteger os ecossistemas e restaurar o equilíbrio ambiental ao longo de todo o ciclo da mineração.
- Legado social: promover impacto social positivo por meio do engajamento comunitário, da inclusão das comunidades e do desenvolvimento local sustentável.
Esses pilares estão plenamente alinhados aos princípios do ICMM, referência global em práticas de mineração ética e sustentável, e também aos objetivos de muitas empresas minerárias, que estão tratando seriamente o tema.
Ao integrar sustentabilidade, inovação e retorno econômico, a mineração brasileira fortalece sua posição como um setor estratégico para o futuro do país e serve de grande exemplo ao mercado que busca a transição energética em toda sua cadeia. Mais do que acompanhar uma tendência, o avanço rumo a modelos sustentáveis já é uma realidade em diversas operações — e tende a se consolidar como padrão.
Nesse contexto, o Brasil tem a oportunidade de assumir um papel de liderança global, não apenas pela relevância de sua produção mineral, mas pela capacidade de demonstrar que é possível alinhar performance operacional, preservação ambiental e impacto social positivo. O fortalecimento dessas práticas, com consistência e escala, pode posicionar o país como referência em mineração de baixo impacto em mercados cada vez mais exigentes e interconectados. (Por Leonardo Lima, Diretor de Unidade de Negócio da Arcadis).
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