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Orçamentos para exploração mineral caem 3% em 2024

Por evando
Orçamentos para exploração mineral caem 3% em 2024

De acordo com as estimativas do estudo Inteliggence Corporate Strategies, feito pela S&P Global Market, houve uma redução de 3% nos gastos com exploração mineral de não-ferrosos em 2024, que caíram de US$ 12,9 bilhões em 2023 para US$ 12,5 bilhões no ano passado, marcando o segundo ano consecutivo de declínio, em que as junior companies continuaram encontrando dificuldades para acessar fundos e as grandes empresas mantiveram seus fluxos de recursos financeiros estáveis.  

No caso do ouro, apesar dos preços recordes obtidos pelo metal, os budgets de exploração caíram fortemente, enquanto os orçamentos de exploração para minerais críticos se mantiveram firmes. Em termos de países, houve um forte declínio da Austrália, com o esmaecimento do seu segmento das junior companies. Em contraste, nos EUA houve um aumento nos budgets em 2024, puxados pelas fortes alocações em cobre e lítio. O número de exploradores ativos, por sua vez, diminuiu ligeiramente, passando de 2.238 em 2023 para 2.210 em 2024. A expectativa do estudo é que em 2025 os budgets se mantenham nos mesmos níveis de 2024.

Os orçamentos de exploração para ouro tiveram uma redução de 7% em 2024, sendo que mais de 80% da queda veio das junior companies, que tiveram orçamento global de US$ 1,8 bilhão no ano passado. Em compensação, as majors destinaram US$ 3 bilhões para projetos de exploração de ouro. A maior parte dos recursos de exploração em ouro aconteceram no Canadá, com um total de US$ 1,3 bilhão.

Os budgets de exploração para cobre tiveram um pequeno incremento este ano, de 2%, alcançando US$ 3,2 bilhões, o maior valor desde 2013. Em termos geográficos, a liderança nos gastos com exploração de cobre ficou com a América Latina, EUA e Canadá. Houve um predomínio de exploração no entorno das minas.

O lítio foi a terceira commodity mais explorada em 2024, com um aumento de 30% nos budgets de exploração em 2024, somando mais de US$ 1 bilhão. Atualmente, o lítio responde por cerca de 9% dos gastos com exploração no mundo. Os países que lideraram a exploração de lítio foram Canadá e Austrália.

O urânio está ganhando projeção entre as commodities, o que é mostrado pelos gastos com exploração em 2024, que somaram US$ 330,6 milhões, o maior desde 2016. Só no Canadá há 52 empresas investindo em projetos de urânio.

A América Latina continua a atrair o maior volume de recursos financeiros direcionados para exploração mineral, embora tenha havido uma redução no total do valor em 2024. A região tem sido preferida principalmente pelas grandes empresas.

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