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10º MINERAÇÃO &/X COMUNIDADES

Os projetos premiados no Prêmio Mineração & Comunidades

Por evando
Os projetos premiados no Prêmio Mineração & Comunidades

Durante o 10º. Mineração &/X Comunidades foi realizada a entrega do Prêmio Mineração & Comunidades aos projetos vencedores da edição 2025, que reconhece boas práticas de empresas e instituições do setor mineral em suas relações com comunidades. A premiação contempla cinco categorias: Comunicação, relacionamento e engajamento; Desenvolvimento, cidadania e gestão de renda; Resgate e valorização de culturas e tradições; Respeito e harmonia com comunidades, inclusive tradicionais; e Responsabilidade Socioambiental Participativa.

Fotos: Leo Fontes

categoria Comunicação, relacionamento e engajamento, o projeto vencedor foi "Espaço Jacobina Mineração – Conectando a Empresa à Comunidade", da Jacobina Mineração Pan American Silver Brasil, de autoria de Isadora Cerqueira Souza, Cassiana Souza Lima de Queiroz e Bárbara Castro Loureiro de Souza Sousa. A iniciativa se destacou pela criação de um espaço dedicado ao diálogo transparente entre empresa e comunidade.

Cassiana disse que atua no setor de comunidades há dez anos e é uma satisfação receber o prêmio. “Entendemos que a empresa precisa oportunizar os diálogos e, no coração de Jacobina, o propósito da empresa, na Bahia, vai além da mineração. Para manter contato com comunidades mais afastadas criamos o Espaço Jacobina Mineração para atender às demandas da sociedade e criar uma proximidade com os moradores através do diálogo transparente. Fomentamos a comunidade com educação, serviços, capacitação, suprimentos atendimentos a fornecedores e comunicação com a comunidade”. A projeção é ampliar a oferta de livros e o espaço é uma iniciativa valiosa para estreitar o laço entre a mineração e a comunidade.

Na categoria Resgate e valorização de culturas e tradições, venceu o projeto "Cerrado Imaterial – Berço da Vida", da Bela Vista Cultural / CMOC Brasil, de autoria de Davidson Miranda. A iniciativa promove a valorização do patrimônio cultural e imaterial do Cerrado, contribuindo para o reconhecimento e preservação das tradições locais. Davidson comentou que o projeto busca respeitar a comunidade.  Renan Cyrillo, diretor-executivo da Bela Vista Cultural, disse que a produtora promove projetos de impacto cultural em parceria com empresas e escolas para receber ações que atendam aos anseios da comunidade. “O Cerrado é um bioma injustiçado, mas tem uma riqueza de plantas e animais que precisamos cuidar. Já os cerradeiros que vivem na zona rural e que participam do nosso projeto são os personagens de Cerrado Imaterial. O livro é uma demanda da secretaria da educação e buscou encarar o desafio de histórias e salvaguardar pessoas com tradições. O livro tem um acabamento diferenciado para despertar o interesse sobre o bioma e queremos trazer o aluno para a forma do ambiente da tela de celulares. São realizadas ações com professores para a utilização do livro nas escolas e a distribuição de kits pedagógicos para que o livro fosso integrado nas cidades onde a CMOC opera. “O projeto fortaleceu a educação local e contribuiu para homenagear as pessoas que terão as histórias perpetuadas.

Já na categoria Respeito e harmonia com comunidades, inclusive tradicionais, o destaque foi o projeto "Desafio D&I", da Mosaic, desenvolvido por Paulo Eduardo Batista e Caroline Fávaro Oliveira Valera. A proposta foi reconhecida pelo estímulo à diversidade e inclusão, promovendo o respeito mútuo e a construção de relações mais equitativas com comunidades tradicionais. Caroline abordou o projeto citando as metas de diversidade e inclusão com a geração de valor para os empregados e vizinhos da empresa. “As redes de D&I são muito estimuladas pela Mosaic com a sensibilização de nossos funcionários junto à comunidade para estabelecer uma conexão autêntica de confiança”.

Na categoria Responsabilidade Socioambiental Participativa, o projeto vencedor foi "Construção de barraginhas e recuperação de nascentes no entorno do empreendimento CMOC Brasil", uma iniciativa conjunta da CMOC Brasil e Universidade Federal de Catalão (UFCAT). O trabalho foi desenvolvido por Rafael de Ávila Rodrigues, Antover Panazzolo Sarmento, Marcos Vinicius Agapito Mendes, José Leomar Vaz, Flávia de Paula Adorno, Davidson Miranda, Bruno Bretas, Higor Manfrin e Diana Mendes, e se destacou pelas ações integradas de conservação ambiental com participação comunitária.

O professor Rafael de Ávila Rodrigues disse que o projeto foi uma parceria entre a UFCAT e a CMOC Brasil em Catalão e em Ouvidor inicialmente para atender à comunidade, onde ouvimos as demandas e com o que podíamos contribuir. O projeto construiu 350 cacimbas em várias comunidades, recuperação de nascentes e uma das etapas foi a visitação às comunidades. “Depois que o projeto começou a evoluir e o trabalho de recuperação de nascentes cresceu, boa parte das comunidades aceitou a iniciativa, e cada proprietário identificou o melhor local para a construção das cacimbas. Numa fase 3 foi medida a taxa de infiltração da água no solo para conseguir estimar a disponibilidade hídrica para a CMOC Brasil e comunidade. Na recuperação de nascentes identificamos as que precisavam ser recuperadas mais rapidamente, além do manejo adequado, entre outras medidas. O projeto avança para mais uma etapa para construção de mais cacimbas e recuperação de mais nascentes.

Na categoria Desenvolvimento, cidadania e gestão de renda, o premiado foi o "Programa Partilhar", da Vale, voltado ao fortalecimento de organizações sociais e à geração de renda em comunidades do entorno. O projeto é assinado por Christiane Medeiros (responsável técnica), com a participação de Emylli Santos, Fernando Matias, Kessia Vieira, Lucas França, Marilza Cruz, Sueli Lucena e Thiago Alves do Valle.

Representante técnica da Vale, Christiane Medeiros, disse que para gerar valor é preciso trabalhar as estratégias de compras responsáveis, compliance, gestão de risco com direitos humanos, matriz de integridade para colaborar com a preservação ambiental e desenvolvimento econômico e social. “O desenvolvimento de compras locais fomenta economia, geração de renda. O programa visa criar parcerias com fornecedores e engajar toda a cadeia de suprimentos para promover o desenvolvimento social das comunidades onde a Vale atua. “Nós temos uma metodologia própria que inclui a fase de contratação de fornecedores para se inteirar no programa voluntário. O programa tem o Índice de valor na Comunidade (IVC) que mede o emprego local, a massa salarial, o gasto local e o investimento social. Uma segunda forma de adesão ao programa é a adesão ao termo de compromisso, que tem quatro pilares: educação, saúde, geração de renda e combate à extrema pobreza. Os próprios fornecedores desenvolveram mais dois pilares - reforma e construção e curso de capacitação e profissionalizante. Outro ponto é a Praça Digital, um local onde os fornecedores podem entender e reconhecer as necessidades das organizações sociais onde a Vale possui operações.

Ao todo, foram mais de 80 trabalhos inscritos, superando positivamente as expectativas da Comissão Organizadora e evidenciando o crescente compromisso do setor mineral com práticas mais sustentáveis e integradas às realidades locais.

Um dos destaques desta edição foi a atuação qualificada do corpo de jurados, composto por Maria Amélia Enríquez, Vânia Andrade, Arão Portugal e Débora Tocci, todos Conselheiros de Brasil Mineral, especialistas de reconhecida experiência nas áreas de mineração, sustentabilidade, responsabilidade social, meio ambiente e relacionamento comunitário. A diversidade de perfis e o rigor técnico nas avaliações conferiram ainda mais credibilidade ao processo de seleção, assegurando que os projetos premiados representassem verdadeiramente o que há de mais relevante e transformador nas práticas socioambientais do setor.

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