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SIMPÓSIO DO OURO

Pará pode liderar investimento rumo ao carbono zero

Pará pode liderar investimento rumo ao carbono zero

Estado tem potencial para liderar novos investimentos em projetos de minerais estratégicos para a transição energética e descarbonização da economia global.

Durante a abertura do Simpósio do Ouro e a Feira de Mineração da Amazônia, dia 23 de agosto, Luis Maurício Azevedo presidente da Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa Mineral e Mineração (ABPM), disse que o setor quer debater competitividade e transformar o ambiente de negócios para atrair e desenvolver projetos com inclusão. “O Brasil é o país da América do Sul que mais reúne condições para o desenvolvimento sustentável da mineração e o estado do Pará possui potencial para liderar novos investimentos em projetos de minerais estratégicos para a transição energética e descarbonização da economia global. O estado possui reservas de cobre, níquel e platinoides, que podem impulsionar o desenvolvimento do estado com inclusão. Não existe mineração sem inclusão”.

O Secretário de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia do Estado do Pará, Jose Fernando Gomes Junior, recebeu homenagem pelo trabalho à frente da pasta em prol do setor, e comentou que o evento paraense é um marco na agenda do setor mineral no estado. “Estamos hoje aqui olhando no olho. Conhecendo o ambiente de negócios, e aproximando o setor da sociedade”. José Fernando disse que o Pará recebeu incentivos para verticalização da produção mineral, o que permitiu a instalação da refinaria da North Star, que entra em operação ainda este ano, com capacidade inicial para processar 25% da produção de ouro do país. O secretário lembrou também que o estado destina 20% dos royalties que recebe da mineração para investimento em ciência e tecnologia.

Frederico Bedran, diretor de Produção Mineral da SGM do Ministério de Minas e Energia, elogiou a iniciativa da ABPM em promover o evento, e afirmou que o governo busca criar mecanismos de financiamentos para o setor mineral brasileiro, porque entende a força que a mineração tem em projetos de pequeno e médio porte, especialmente de ouro e metais preciosos.

O diretor da ANM, Ronaldo Lima, disse que a sexta rodada de oferta pública de áreas para mineração foca no Pará com 80% das áreas que serão ofertadas, principalmente no Tapajós.

Márcio José Remédio, diretor do Serviço Geológico do Brasil, destacou a importância em se conhecer a geologia do Pará para a descoberta de novos depósitos minerais, mas que o trabalho deve ser compartilhado entre o estado e empresas. “Nossos principais projetos estão na Amazônia. A entrega de informação geológica de qualidade é fundamental para a competitividade do setor mineral brasileiro”.

Ana Carolina Alves, vice-presidente do Sindicato das Indústrias Minerais do Estado do Pará (Simineral), afirmou que o Simpósio possibilita demonstrar que o segmento está estruturado e tem capacidade de despontar como referência nacional. “Ter esse ambiente de promoção de negócios, de diálogo aberto com a sociedade como esse evento do Simpósio do Ouro, é uma oportunidade de mostrar os projetos, os incentivos que a gente tem e que há um ambiente propicio para o desenvolvimento do setor mineral no estado”, afirmou.

Promovido pela ABPM, o Simpósio do Ouro – Brasil 2022 e a Feira da Mineração da Amazônia, contam com o apoio de diversas instituições de governo, de entidades empresariais e empresas do setor de mineração, além de reunir empresas, governos e especialistas na capital paraense para debater boas práticas na produção, refino e comercialização do ouro.

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