A Paranapanema vendeu 10.555 toneladas de produtos de cobre no terceiro trimestre de 2024, volume 38% superior quando comparado ao mesmo período de 2023, o que demonstra uma performance constante da Unidade Eluma e da retomada parcial da Unidade Caraíba. No trimestre, os Custos Fixos incluindo Ociosidade foram de R$ 84 milhões, valor inferior em comparação ao mesmo período do ano passado (R$ 105 milhões), representando 20% de redução. Além de uma melhor eficiência operacional, a redução nos Custos Fixos reflete o processo de lay-off e a paralisação parcial das atividades industriais na Unidade Caraíba. O EBITDA foi de R$ 93 milhões negativos entre julho e setembro, melhor desempenho se comparado com os R$ 110 milhões negativos registrados no mesmo período do ano passado. O resultado reflete a execução das estratégias comerciais e da eficiência operacional da companhia. No entanto, a Paranapanema alega que os números ainda refletem o impacto de parte da Unidade Caraíba estar inativa. A Companhia obteve um Fluxo de Caixa Operacional positivo de R$ 95 milhões, melhor desempenho se comparado com o Fluxo de Caixa obtido nos últimos trimestres deste ano, devido a um maior volume de vendas, uma melhor otimização dos seus custos e da conversão das dívidas em ações pelos credores da Recuperação Judicial.
A receita líquida da Paranapanema atingiu R$ 133 milhões no trimestre, 31% a menos em comparação ao mesmo período do ano anterior. O resultado da receita foi impactado pela restrição de caixa e ainda pela suspensão temporária de parte das atividades na Unidade Caraíba. O Lucro Bruto Ajustado de R$ 29 milhões foi superior aos R$ 32 milhões negativos atingidos no mesmo período do ano anterior, resultado de um melhor mix de vendas na Unidade Eluma e da retomada parcial da Unidade Caraíba. Além da eficiência operacional nos gastos industriais. O Lucro Bruto Ajustado elimina os efeitos da ociosidade e efeitos da contabilidade de hedge utilizada para atualizar o valor dos estoques ao valor presente de London Metal Exchange-LME e Dólar e que por consequência da não absorção pelo estoque, impactam o resultado.
No terceiro trimestre, a Paranapanema teve prejuízo líquido de R$ 335 milhões, impactado principalmente pelos encargos financeiros dos empréstimos e financiamentos de R$ 220 milhões, pelos valores de Ociosidade em R$ 51 milhões, além de Provisões de Contingências e Multas por Auto de Infração de R$ 69 milhões. Quando excluídos os efeitos dos encargos financeiros e outros efeitos não recorrentes, o prejuízo líquido ajustado fica em R$ 28 milhões. Através do Plano de Recuperação Judicial (PRJ), a companhia espera obter maior acesso às linhas de financiamento para capital de giro e aumentar o seu volume de produção e vendas trazendo equilíbrio para seus resultados.
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