A KR Capital, a FCJ e a curitibana Academic Ventures lançaram recentemente o Mining Map 2040 – um estudo inédito que traça os caminhos possíveis e desejáveis para a transformação da mineração brasileira ao longo dos próximos 15 anos. O levantamento é uma plataforma estratégica voltada à construção de futuros desejáveis. A partir da análise de mais de 300 fontes especializadas e do processamento de mais de 1 milhão de linhas de informação, a equipe da Academic Ventures mapeou mais de mil sinais de futuro, organizados em 17 drivers de transformação. Esses vetores embasaram a construção de quatro cenários possíveis para a mineração até 2040 – entre eles, um cenário preferido, que une produtividade, sustentabilidade e inclusão. “Esse estudo representa um passo decisivo para posicionar a mineração brasileira como vetor de transformação nacional e global. Ele subsidia decisores públicos, empresas, academia e startups com uma visão clara dos rumos que devemos perseguir para alinhar crescimento econômico, responsabilidade ambiental e inclusão social no setor mineral”, disse o professor Zaki Akel Sobrinho, CEO da Academic Ventures.
Com sede em Curitiba (PR), a Academic Ventures tem se consolidado no estudo de mapas de futuro e na antecipação estratégica de transformações complexas em diferentes áreas do conhecimento e da economia. O estudo Mining Map 2040 é resultado direto dessa expertise e conta com quase 300 páginas, que combina rigor metodológico, profundidade analítica e visão aplicada. “O material é muito amplo e profundo. Tem potencial de servir como base para planejamentos estratégicos de empresas que operam na cadeia produtiva da mineração, mas também para governos e agentes públicos elaborarem políticas e projetos para o setor”, afirma Lucas Tomás, sócio e Diretor de Operações da Academic Ventures.
O lançamento do estudo também marca o início da atuação da KR Mining, corporate venture builder e venture capital que será responsável por desenvolver 30 startups voltadas à inovação na mineração. “Com base nos sinais de futuro identificados pelo estudo, conseguimos orientar melhor nosso funil de inovação. A sustentabilidade, por exemplo, é um pilar central. Tecnologias que reaproveitam rejeitos minerais, purificam água ou otimizam o uso de áreas impactadas podem transformar antigos passivos ambientais em novas oportunidades econômicas”, destaca Rodrigo Ferraz, CEO da KR Capital. Ferraz reforça que a mineração está no centro das transformações tecnológicas e sociais contemporâneas. “Tudo depende da mineração. Da agricultura à mobilidade elétrica, da construção civil às baterias de lítio e grafite, a mineração é a base invisível do nosso cotidiano. Mas é uma indústria que ainda sofre com uma imagem distorcida. O Mining Map 2040 ajuda a mostrar que é possível pensar em uma mineração regenerativa, inovadora e socialmente justa”.
O cenário proposto pelo estudo depende da convergência de três grandes alavancas de transformação: a automação, a agilidade nos processos regulatórios e os investimentos em pesquisa e desenvolvimento. A automação, alavancada por tecnologias como inteligência artificial, sensores, veículos autônomos e gêmeos digitais, já está promovendo ganhos expressivos de produtividade e redução de custos entre os principais players globais, e deve se consolidar também no Brasil. A segunda ação envolve a urgente redução do tempo médio de licenciamento ambiental – atualmente em cerca de 10 anos no país –, com a adoção de marcos legais que promovam maior previsibilidade e digitalização dos processos. Por fim, a terceira alavanca é o investimento massivo em pesquisa, desenvolvimento e inovação. O Brasil investe apenas 0,3% do PIB em P&D, muito abaixo de potências como China, Alemanha e Coreia do Sul, que superam 2%. Esse avanço é fundamental para que o país amplie sua competitividade global em minerais críticos como lítio, nióbio e grafeno, e desenvolva tecnologias próprias para a mineração verde. Embora o foco do Mining Map 2040 esteja no setor mineral, o conhecimento gerado pela Academic Ventures tem valor estratégico que extrapola os limites da mineração. A abordagem utilizada para mapear o futuro da mineração brasileira pode ser aplicada em outros setores complexos, oferecendo instrumentos de inteligência antecipatória para empresas, governos e atores do ecossistema de inovação.
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