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Pilbara Minerals produz 77% a mais no segundo trimestre

Por evando
Pilbara Minerals produz 77% a mais no segundo trimestre

A Pilbara Minerals Ltd registrou uma forte recuperação operacional com um aumento de 77% na produção do segundo trimestre de 2025 (221,3 mil t) na comparação com o primeiro trimestre do ano, apesar das condições desafiadoras do mercado de lítio. O maior produtor independente de lítio hard rock do mundo concluiu o projeto de expansão P1000 e anunciou uma orientação aprimorada para o ano de 2026. As vendas somaram 216,0 mil t no trimestre, incremento de 72% e um custo operacional unitário (FOB): -10%, para A$619/t (US$397/t), enquanto a receita atingiu A$193 milhões, um crescimento de 28%, mesmo com queda de 20% nos preços realizados. “A conclusão do ramp-up da planta P1000 em Pilgan apoiou volumes maiores de produção e custos operacionais unitários mais baixos em relação ao trimestre anterior”, destacou a empresa em sua apresentação. A eficiência operacional também foi atribuída à instalação de Ore Sorting, que permite maior utilização de material de contato de menor teor.

No ano fiscal de 2025, a Pilbara produziu 755 mil t, acima do limite superior da meta (700–740 mil t), registrou um custo operacional unitário (FOB): A$ 627/t, dentro da faixa prevista (A$ 620–640/t) e um CAPEX de A$569 milhões, no limite inferior do guidance. Comparado ao ano fiscal de 2024, produção e vendas cresceram 4% e 7%, respectivamente, enquanto os preços realizados caíram 43%, para US$ 672/t, refletindo o cenário desafiador do setor. A Pilbara encerrou junho de 2025 com A$ 1,0 bilhão em caixa, contra A$ 1,6 bilhão no ano anterior. O fluxo de caixa do ano de 2025 registrou saídas totais de A$ 652 milhões, principalmente devido ao CAPEX de expansão de A$ 653 milhões.

A empresa vem implementando medidas de gestão de capital e redução de custos nos anos fiscais de 2024 e 2025, incluindo redução de quadro, corte de custos corporativos e adoção do modelo operacional P850, mantendo uma posição robusta de liquidez de A$1,6 bilhão (incluindo linha de crédito não utilizada). “Essas iniciativas ajudaram a melhorar o fluxo de caixa em um período de preços mais baixos do lítio”, afirmou a Pilbara.

Para 2026, a empresa definiu quatro prioridades: Excelência operacional para capturar valor dos investimentos recentes; Foco em estudos no ciclo de investimento do ativo Pilgangoora (P2000); Progresso na certificação do P-PLS Train 2 na Coreia do Sul e Investimento moderado em exploração no Projeto Colina (Brasil). O plano operacional do próximo ano fiscal aproveita as novas capacidades de processamento (incluindo ore sorting) para reduzir custos. A empresa planeja aumentar progressivamente o uso de material de contato ao longo do ano de 2026, reduzindo custos de mineração e a dependência de minério limpo. A recuperação média de lítio projetada é de ~72%.

A Pilbara descreveu o mercado de lítio como “volátil e em evolução”, com preços insustentáveis e grande parte da cadeia de suprimentos operando com margens negativas. Apesar dos desafios de curto prazo, a empresa permanece otimista quanto aos fundamentos de longo prazo, prevendo: Penetração global de EVs subindo de ~20% para 70% entre 2025 e 2040 e Demanda por BESS (Battery Energy Storage System) crescendo 10% ao ano no mesmo período. A posição estratégica da Pilbara, com uma plataforma operacional flexível e um portfólio diversificado entre Austrália, Coreia do Sul e Brasil, coloca a empresa em vantagem para atravessar a volatilidade do mercado e capturar oportunidades futuras.

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