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MINERAIS CRÍTICOS

PLS apresenta estratégias para o projeto Colina no Jequitinhonha

Por evando
PLS apresenta estratégias para o projeto Colina no Jequitinhonha

Durante o seminário realizado em Brasília sobre minerais críticos e estratégicos, o vice-presidente da PLS no Brasil, Leandro Gobbo, apresentou as iniciativas relacionadas ao Projeto Colina, em Salinas, no Vale do Jequitinhonha, e as ações voltadas à infraestrutura na região norte de Minas Gerais, onde o empreendimento está inserido, com reflexos positivos para as comunidades locais. Gobbo participou do painel sobre investimento e infraestrutura ao lado de Mila Corrêa da Costa, secretária de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais; Emily Olson, diretora de Sustentabilidade e Assuntos Corporativos da Vale Base Metals; e Henrique Carbalhal, presidente da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM). O debate foi mediado por Maria Stela Miglorância, da assessoria internacional do Programa de Parcerias de Investimentos, da Casa Civil da Presidência da República.

Gobbo mostrou a estratégia da PLS para o Brasil e a iniciativa de reposicionamento global da companhia, que agora reflete uma atuação mais ampla na cadeia de valor do lítio, indo além da mineração e incluindo o processamento químico. “A mudança de nome também foi impulsionada pela nossa expansão internacional. A aquisição da Latin Resources, empresa júnior de exploração no Brasil, marcou a entrada da PLS no País”, explicou. Atualmente, a PLS é a quarta maior produtora mundial de lítio e mantém parcerias estratégicas com empresas como a POSCO, na Coreia do Sul, e a Calix, na Austrália, com foco no desenvolvimento de tecnologias inovadoras para a indústria do lítio. “Nosso projeto é ancorado em uma infraestrutura robusta, planejada para o crescimento sustentável”, afirmou. A escolha do Brasil como destino estratégico foi uma decisão global da companhia, reforçada pelo êxito de projetos desenvolvidos na região de Araçuaí e Itinga por outras empresas, como a CBL e a Sigma, que abriram caminho para novos investimentos no Vale do Jequitinhonha.

Entre os principais desafios identificados pela PLS na região, Gobbo comentou sobre a deficiência de uma infraestrutura mais robusta em uma região historicamente marcada pela carência. A PLS levou às comunidades do Vale do Jequitinhonha conectividade, como a instalação de torres 4G para disponibilizar internet às comunidades do entorno do projeto e tem atuado em cooperação com os governos estadual e municipal para viabilizar obras estruturantes que contribuam para o desenvolvimento local.

A PLS se comprometeu com investimentos relevantes na região, como a construção da nova sede da Guarda Mirim — iniciativa voltada à preparação de jovens para o mercado de trabalho — e o apoio à ampliação do aeroporto, com o objetivo de melhorar as condições logísticas e operacionais da região, sempre com foco no impacto social positivo. Os estudos que embasam o desenvolvimento do projeto deverão ser concluídos até meados de 2026, quando a empresa poderá tomar a decisão sobre os próximos avanços necessários para sua implementação, contingente ao preço do lítio. Para Gobbo, o envolvimento das empresas privadas em questões de infraestrutura deve fazer parte do compromisso social do setor mineral. “As empresas têm um papel ativo a desempenhar, especialmente quando seus projetos geram impactos nas regiões onde atuam”, concluiu.

Emily Olson, diretora de Sustentabilidade e Assuntos Corporativos da Vale Base Metals, concordou com a avaliação de Gobbo sobre a importância de o setor privado se comprometer com o desenvolvimento da infraestrutura nas regiões onde atua e enfatizou que infraestrutura vai além de estradas e ferrovias. “É sobre pessoas”, disse. Ela ressaltou a importância da infraestrutura social, que apoia tanto a excelência operacional quanto o bem-estar das comunidades locais. “Esses investimentos criam valor a longo prazo, atraindo e desenvolvendo os melhores talentos”. A secretária de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, Mila Corrêa da Costa, apresentou as principais estratégias adotadas pelo governo estadual para fomentar parcerias com empresas, instituições de pesquisa e outros atores, com o objetivo de compartilhar riscos e impulsionar a produção de minerais estratégicos. “A proposta é construir uma ponte entre os institutos federais, universidades e o setor privado, utilizando os recursos públicos de forma eficiente para estimular o desenvolvimento econômico regional”, explicou a secretária. O Seminário Internacional de Minerais Críticos e Estratégicos é uma iniciativa do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM). O evento reuniu, em Brasília, especialistas, autoridades e executivos de empresas mineradoras para debater o papel do Brasil na transição energética global.

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