
A Alcoa registrou lucro líquido de US$ 548 milhões ou US$ 2,07 por ação ordinária no primeiro trimestre de 2025, um aumento de 171%, revertendo um prejuízo de US$ 242 milhões do mesmo trimestre de 2024 e conseguiu sair de um prejuízo US$ 145 milhões para um lucro líquido ajustado de US$ 568 milhões ou US$ 2,15 por ação ordinária, o que representa um crescimento de 106% sequencial. O resultado do lucro líquido reflete o aumento dos preços do alumínio, um benefício líquido da redução dos preços da alumina e maiores volumes e preços decorrentes dos contratos de compra e fornecimento de bauxita, parcialmente compensados por menores embarques e custos tarifários sobre o alumínio importado. Além disso, os resultados refletem a não recorrência de uma despesa de reestruturação de US$ 82 milhões relacionada à redução da refinaria de Kwinana e impactos cambiais desfavoráveis de US$ 51 milhões no quarto trimestre de 2024.
O EBITDA ajustado excluindo itens especiais aumentou de US$ 132 milhões para US$ 855 milhões, um aumento de 26% em relação ao período anterior. A Alcoa também reposicionou sua dívida com emissão de US$ 1 bilhão na Austrália e oferta de US$ 890 milhões em dívida existente, além de encerrar o primeiro trimestre com caixa de US$ 1,2 bilhão. “Durante o primeiro trimestre, mantivemos o ritmo de cumprimento dos principais objetivos operacionais e de alocação de capital, incluindo a formação da joint venture com a IGNIS Equity Holdings para apoiar nossas operações em San Ciprián e o reposicionamento da dívida na Austrália”, disse o Presidente e CEO da Alcoa, William F. Oplinger. “Um mercado de alumínio positivo levou a resultados mais sólidos no primeiro trimestre, enquanto continuamos focados em segurança, estabilidade e excelência operacional em meio à incerteza econômica”.
Nos três primeiros meses de 2025, a Alcoa produziu 2,35 milhões de toneladas métricas de alumina, uma queda de 1% sequencialmente, enquanto o segmento de alumínio produziu 564 mil toneladas métricas, 1% inferior, principalmente devido a dois dias a menos no período, parcialmente compensado pelo progresso contínuo na rinicialização da fundição da Alumar, no Brasil. No segmento de alumina, as expedições de alumina de terceiros caíram 8% sequencialmente, principalmente devido ao cronograma de expedição e à redução da comercialização. No segmento de alumínio, as expedições totais diminuíram 5% sequencialmente, principalmente devido à ausência de volumes de retirada de Ma'aden e ao cronograma de expedição.
A receita total de terceiros da Alcoa atingiu US$ 3,4 bilhões, 3%a menos em relação ao mesmo período do ano anterior. No segmento de alumina, a receita de terceiros caiu 8% devido à redução nas remessas, aos impactos cambiais desfavoráveis e à queda no preço médio realizado de terceiros, parcialmente compensada por maiores volumes e preços decorrentes da aquisição de bauxita e de contratos de fornecimento. No segmento de alumínio, a receita de terceiros permaneceu estável devido ao aumento no preço médio realizado de terceiros, parcialmente compensado pela redução nas remessas após os fortes resultados do quarto trimestre de 2024.
Para 2025, a Alcoa espera que a produção e as remessas totais do segmento de alumina permaneçam inalteradas em relação à projeção anterior, variando entre 9,5 e 9,7 milhões de toneladas métricas e entre 13,1 e 13,3 milhões de toneladas métricas, respectivamente. A diferença entre a produção e as remessas reflete os volumes comercializados e a alumina adquirida externamente para atender a contratos com clientes devido à redução de produção da refinaria de Kwinana. No segmento de alumínio a projeção é que produção e as remessas totais fiquem inalteradas em relação à projeção anterior, variando entre 2,3 e 2,5 milhões de toneladas métricas e entre 2,6 e 2,8 milhões de toneladas métricas, respectivamente. No EBITDA Ajustado do segmento de alumina do segundo trimestre de 2025, a empresa espera manter o forte nível de desempenho apresentado no primeiro trimestre de 2025.
Para o segundo trimestre de 2025, o segmento de alumínio prevê impactos desfavoráveis sequenciais de US$ 90 milhões devido às tarifas da Seção 232 dos EUA sobre importações de alumínio do Canadá, e US$ 15 milhões em custos de reativação da fundição de San Ciprián. Os custos da alumina no segmento de alumínio devem ser favoráveis em US$ 165 milhões sequencialmente. A Alcoa espera que outras despesas no segundo trimestre de 2025 aumentem aproximadamente US$ 10 milhões sequencialmente devido a perdas em investimentos de capital.
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