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MINÉRIO DE FERRO

Preços menores impactam resultado da Vale no trimestre

Por evando
Preços menores impactam resultado da Vale no trimestre

Apesar do aumento nos volumes produzidos e comercializados de minério de ferro e pelotas (houve um aumento de 2% nas vendas, ou 1,3 milhão t a mais de minério de ferro e de 18% de pelotas) em relação a igual período de 2023), a Vale registrou uma redução de 21% no Ebitda do terceiro trimestre de 2024, em comparação a igual período do ano passado e de 6% sobre o segundo trimestre de 2024, com um total de US$ 3,7 bilhões. A principal explicação para o resultado é que o preço realizado médio de finos de minério de ferro foi de US$ 90,6/t, ou US$ 7,6/t menor do que no trimestre anterior. Mesmo assim, a redução no preço praticado pela Vale ainda foi menor do que a redução registrada no preço referência, que recuou US$ 12,0/t, o que é atribuído pela empresa  ao melhor portfólio de produtos. 

A Vale também registrou uma redução do custo caixa C1 de finos de minério de ferro, que ficou 17% menor no trimestre e 6% a menos se comparado a igual período de 2023. O C1 foi de US$ 20,6/t, impulsionado principalmente pela diluição do custo fixo, devido a maior produção, melhor mix de produção, com maiores volumes do Sistema Norte, onde os custos de produção são menores e contínuas melhorias de eficiência. “Em setembro, o custo de produção C1 atingiu US$ 18,2/t, indicando um desempenho positivo para o quarto trimestre. A Vale está confiante em atingir o limite inferior do guidance de custo caixa C1, excluindo compras de terceiros, de US$ 21,5 - 23,0/t”, afirma o comunicado da companhia. 

A Vale também informa que a provisão relacionada à Samarco, foi revisada para US$ 4,7 bilhões, com um aumento de US$ 1 bilhão, em função da assinatura do acordo com as autoridades sobre o caso Mariana. A dívida líquida expandida, por sua vez, totalizou US$ 16,5 bilhões, com um aumento de US$ 1,8 bilhão, motivado principalmente pelas provisões relacionadas à Samarco. 

Comentando os resultados, o novo presidente da empresa, Gustavo Pimenta, que assumiu em 1 de outubro, afirmou: “nossa produção de minério de ferro atingiu seu nível mais elevado em mais de cinco anos, resultado do nosso foco contínuo na excelência operacional. Nossa produção de pelotas está em seu maior nível desde 2019, em linha com nossa estratégia de entregar produtos de alta qualidade. Em nossa divisão de metais básicos, a produção de cobre e níquel também apresentou um sólido progresso, marcado por melhorias operacionais no Canadá, com a implementação do asset review já dando frutos. Também continuamos a entregar no tema segurança de barragens, tendo recentemente removido a barragem Sul Superior do nível 3 de emergência”. 

Ele também comentou sobre como vê o futuro da empresa, afirmando que “nos esforçaremos para transformar a Vale em uma companhia mais ágil e eficiente, promovendo a inovação e uma cultura de desempenho. Dito isso, segurança e excelência operacional são elementos inegociáveis dessa jornada. Adicionalmente, nossos esforços estratégicos serão concentrados em entregar um portfólio de produtos superiores, com foco maior no cliente. Em minério de ferro, vamos acelerar nossa oferta de produtos de alta qualidade, enquanto em metais básicos pretendemos continuar a crescer, principalmente em cobre. Por fim, tenho o compromisso de aprimorar nossos relacionamentos institucionais, garantindo que iremos deixar um impacto positivo para as pessoas e o meio ambiente”.

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