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Produção cresce 15,7% na AL em 2021

Produção cresce 15,7% na AL em 2021

A expectativa para 2022 é que ocorra uma leve queda, de 2,1%, no consumo aparente opor conta de uma recomposição alta de estoque na cadeia.

Segundo a Associação Latino-Americana do Aço (Alacero), a produção de aço bruto somou 64,8 milhões t na região em 2021, um aumento de 15,7% na comparação com o ano anterior. Já a produção de laminados atingiu 55,7 milhões de toneladas, crescimento de 19,5% sobre 2020. O consumo regional total atingiu 74,8 milhões de toneladas 26,6% a mais que no ano anterior (59,1 milhões de toneladas). As exportações de aço na América Latina somaram nove milhões de toneladas, 9% superior às 7,5 milhões de toneladas de um ano antes, enquanto as importações foram de 28,8 milhões de toneladas, 46,7% acima de 2020. “Os números de 2021 mostram mais uma vez a resiliência do setor, impulsionado pela construção, área agrícola e automotiva”, disse Alejandro Wagner, diretor-executivo da Alacero.

A expectativa para 2022 é que ocorra uma leve queda, de 2,1%, no consumo aparente opor conta de uma recomposição alta de estoque na cadeia. Mesmo assim, será um nível superior aos pré-pandemia. Apesar do otimismo, a produção em fevereiro caiu 6,8%, para 4,8 milhões de toneladas em relação a janeiro. No primeiro bimestre, a produção de aço bruto ficou em 10, milhões de toneladas, 2,2% a menos que o mesmo período de 2021. A produção de laminados atingiu 4,2 milhões de toneladas em fevereiro e 8,6 milhões de toneladas no primeiro bimestre de 2022, o que representa queda de 3,3% e alta de 2,3%, respectivamente.

Em 2021, o setor teve déficit de 19,8 milhões de toneladas, 63,5% a mais quando comparado a 2020. Segundo Wagner, o setor ainda enfrenta incertezas, com um 2022 de eleições, inflação e políticas monetárias rígidas, somadas com o conflito Rússa X Ucrânia que irá impactar o setor siderúrgico. A Ucrânia é o 14º maior produtor de aço bruto – produção de 21,4 milhões de toneladas em 2021 – e o 8º maior exportador de aço bruto (15 milhões de toneladas em 2021, segundo a OCDE). Ao mesmo tempo, a Rússia é 9º maior exportador de minério de ferro mundial (25,7 milhões de toneladas, em 2020), e o 3º maior exportador de carvão. Portanto, o conflito pode impactar severamente os preços das matérias-primas. O conflito tem impactado principalmente Estados Unidos e Europa, que precisaram buscar novas alternativas pela falta de insumos, mas os efeitos da guerra também são sentidos na América Latina. “A queda de oferta provocada pelo conflito causou uma situação generalizada de aumento de preços no mundo, quer porque esses novos fornecedores têm custos mais elevados, quer por simples excesso de procura de matéria-prima”, comenta Wagner.

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