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MINÉRIO DE FERRO

Produção da CSN Mineração cresce 11,5% no trimestre

Por evando
Produção da CSN Mineração cresce 11,5% no trimestre

A CSN Mineração registrou produção de 10.206 mil toneladas de minério de ferro no primeiro trimestre de 2025 (incluindo compras de terceiros), um incremento de 11,5% frente ao mesmo período de 2024, mas uma redução de 7,3% em relação ao 4T24, explicado pela redução no volume de compras. Após passar pelo período mais crítico de chuvas sem maiores problemas no processo produtivo, a empresa conseguiu superar de forma significativa a marca do ano passado. O guidance previsto de produção e compras para o ano está estipulado em um intervalo de 42-43,5 milhões de toneladas e dentro do previsto. O volume de vendas, por sua vez, atingiu 9.640 mil toneladas no trimestre, 10,2% abaixo do quarto trimestre de 2024, o que está em linha com a sazonalidade esperada e a parada de manutenção preventiva do porto no período. Porém, quando comparado com o mesmo período de 2024, percebe-se um crescimento de 5,4% no volume de vendas, o que representa um novo recorde da CSN Mineração para o período. É válido mencionar ainda que 100% dos embarques foram realizados no Tecar, mesmo com a parada de manutenção verificada no período.

A Receita Líquida Ajustada totalizou R$ 3.412 milhões, 12,7% inferior ao registrado no quarto trimestre do ano anterior, como resultado exclusivo da sazonalidade do negócio com o efeito das chuvas no volume transportado. Porém, quando comparado a um ano antes, a receita líquida foi 21,7% superior, refletindo não apenas a melhora operacional, mas também um câmbio mais desvalorizado. Já o lucro bruto atingiu R$ 1.174,5 milhões no trimestre, queda de 34,1% em relação ao trimestre anterior, com uma Margem Bruta de 34,4% (redução de 11,2 p.p. em relação ao 4T24). Essa menor rentabilidade reflete a sazonalidade da operação com um menor volume de vendas e impacto da menor diluição de custos fixos. Porém, na comparação com o 1T24, é possível verificar uma expansão de 28,4% no lucro bruto, com uma margem bruta 1,8 p.p. superior. No 1T25, a CSN Mineração registrou um prejuízo líquido de R$ 357 milhões, contra um lucro líquido de mais de R$ 2,0 bilhões registrado no trimestre anterior, sendo o impacto da variação cambial no caixa em moeda estrangeira o principal fator para a reversão desse resultado.

No 1T25, o EBITDA Ajustado atingiu R$ 1.427 milhões, com uma margem EBITDA Ajustada trimestral de 41,8%. A menor rentabilidade na comparação com o trimestre anterior, com diferença de 9,8 p.p., se deve principalmente à sazonalidade do período ao combinar queda no volume de embarques com uma menor diluição de custo fixo. Por outro lado, ao se comparar com o 1T24, percebe-se um aumento de 27,0% no EBITDA ajustado do período, refletindo o aumento de volume de vendas, a redução de custo C1, os menores descontos de qualidade, além de fretes marítimos mais baixos.

A CSN Mineração investiu R$ 377,0 milhões no primeiro trimestre de 2025 ou 42,8% menos em relação ao trimestre anterior, como resultado dos menores gastos com manutenção, que a Companhia historicamente concentra no segundo semestre. Por sua vez, quando se observa a linha de expansão de negócios, percebe-se que o ritmo de investimentos segue aquecido com o avanço das obras de infraestrutura da P15, apesar do período com maior pluviometria.

 

R$ 1,3 bilhão em dividendos e JCPs a acionistas

 

O Conselho de Administração da CSN Mineração aprovou a antecipação do dividendo mínimo obrigatório de R$ 1,3 bilhão à conta de reserva de lucros, dos quais R$ 1,090 bilhão a título de dividendos intermediários, correspondendo ao valor de R$ 0,200661094064 por ação e R$ 210 milhões a título de pagamento de juros sobre o capital próprio (JCP), correspondendo ao montante de R$ 0,0386594768380 por ação, sendo que, à exceção dos acionistas imunes e isentos, este valor encontra-se sujeito à incidência de imposto de renda na fonte à alíquota de 15%.

 

Siderurgia

 

A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) obteve receita líquida de R$ 10.908 milhões, uma queda de 9,3% quando comparado com o trimestre anterior, refletindo basicamente a sazonalidade com a menor atividade comercial característica do período, além da maior incidência de chuvas na mineração. Porém, quando comparado com o mesmo período de 2024, a receita líquida foi 12,3% superior, demonstrando os aumentos de volumes e de preços nos principais segmentos de atuação. Já, o lucro bruto atingiu R$ 2.532 milhões, uma redução de 33,1% em relação ao trimestre anterior, com uma Margem Bruta de 23,2%, o que representa uma redução trimestral de 8,2%, consequência direta da sazonalidade da operação, uma vez que houve crescimento de 0,6% na margem bruta quando comparada com o mesmo período de 2024.

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