Diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), Raul Jungmann recebeu o título de Doutor Honoris Causa (“por causa de honra”) pelo Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP). O reconhecimento é considerado a mais importante honraria que uma instituição de ensino superior pode conceder. A distinção reconhece a contribuição significativa do homenageado em áreas como cultura, educação e serviço público. A solenidade contou com a participação de dirigentes de empresas associadas ao IBRAM, de empresas de outros setores e diversas autoridades, entre as quais, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, Flávio Dino e Dias Toffoli; o procurador-geral da República, Paulo Gonet, e o ministro da Defesa, José Mucio. A solenidade foi conduzida por Atalá Correa, coordenador de Graduação do IDP.
“Impossível dissociar a trajetória de Raul Belens Jungmann Pinto do ciclo vital da redemocratização nacional”, afirmou o ministro do STF. “É um patriota, um humanista, que cultua valores fundamentais que asseguram a identidade nacional”, disse o ministro Flávio Dino. “É um humanista, democrata por excelência. É um professor nato. Tem conhecimento amplo da realidade nacional”, destacou Toffoli. “Raul Jungmann “se apresenta como um exemplo”, tem uma trajetória muito respeitada. “Em todos os cargos aos quais foi chamado a desempenhar se doou totalmente. É uma pessoa dedicada, compartilha seu talento, seu tempo e tem disposição plena para a realização do bem comum”, afirmou Paulo Gonet. O ministro José Múcio, colega de faculdade de Jungmann, celebrou o amigo e sua dedicação ao bem comum em suas ações na vida pública. Ele destacou seu ímpeto em dizer o que pensa e se posicionar em defesa da democracia. “Ele sempre teve coragem de dizer o que pensa e dentre suas qualidades está a de sempre saber respeitar os opositores, defender quem pensa diferente (...) e é isso o que o Brasil precisa, respeitar os contrários, dar espaço ao contraditório, procurar nossas convergências”, disse.
Em discurso, Raul Jungmann agradeceu ao IDP “a honrosa concessão do título de Doutor Honoris Causa”, e estendeu os agradecimentos a “familiares, amigos, colegas de trabalho, parlamentares, autoridades, de um ou de outro modo, vocês fizeram essa travessia comigo. Agradeço a vocês pelo apoio que foi fundamental para chegar aonde cheguei". “Nessa travessia, em termos de vida pública, me tocaram escalas, sendo as mais importantes, profissionalmente: o meio ambiente - durante dois anos em que presidi o IBAMA. A reforma agrária, por seis longos, difíceis, anos de crises, aprendizado e superação. A Defesa Nacional, que suporta, via nossas forças armadas, segundo a Constituição e as diretrizes da Nação, a nossa soberania e independência. Em seguida, a pasta da Segurança Pública, única em mais de 200 anos de existência enquanto país, cujo principal legado foi o Sistema Único de Segurança Pública”, destacou.
À frente do IBRAM, Jungmann comentou que está voltado para a superação da emergência climática, o papel dos minerais críticos e estratégicos nessa transição, a sustentabilidade e a defesa da Amazónia e dos povos originários”, afirmou. “E, se temos que olhar para o futuro, dedico com especial carinho este título a minha neta Olívia. Ela para mim significa, os nossos filhos e netos, o futuro que temos que buscar fazer brilhar, sempre juntos”.
Na vida pública, Jungmann teve passagens por ministérios estratégicos em diferentes mandatos presidenciais. Foi ministro de Estado por quatro gestões, nas pastas da Política Fundiária (1996-1999), do Desenvolvimento Agrário (1999-2002), da Defesa (2016-2018) e da Segurança Pública (2018-2019) ; deputado federal por três mandatos: 2003-2006; 2007-2010; 2015-2018, além de atuar também no governo do presidente Itamar Franco. Também exerceu mandato de deputado federal pelo estado de Pernambuco, representando os interesses nordestinos no Congresso Nacional e participou ativamente do movimento Diretas Já.
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