Região central da Bahia tem bom potencial, revela o SGB

Foram registradas ocorrências de minerais de ouro, manganês, cromita e esmeralda, além de uma variedade de rochas ornamentais.
Os pesquisadores Caroline Couto e Wilson Lopes, da Divisão de Geoquímica (DIGEOQ), estudaram uma área de 24 mil km² na região central do estado da Bahia, com coordenação do Departamento de Recursos Minerais (DEREM), setor que integra a Diretoria de Geologia e Recursos Minerais (DGM) do Serviço Geológico do Brasil. O objetivo era realizar levantamento geoquímico do Bloco Gavião, localizado na região de Jacobina, local que se destaca por ser uma unidade geotectônica que registra detalhes importantes da história do início do planeta, a exemplo das rochas mais antigas da plataforma sul-americana, recentemente descobertas na região de Piritiba.
A região central da Bahia apresenta também vocação mineral, e sua diversidade de jazimentos minerais, com minas em atividade, diversos garimpos e outras ocorrências com potencial para ampliação do portfólio de mineralizações conhecidas na área. Foram registradas ocorrências de minerais de ouro, manganês, cromita e esmeralda, além de uma variedade de rochas ornamentais.
As ações de campo ocorreram de 15 de agosto à 15 de dezembro de 2022 e foram divididas em três campanhas, com trinta dias cada. Foram amostradas 1.160 estações, recobrindo, ao todo, oito folhas na escala 1:100.000, numa densidade, aproximada, de uma amostra a cada 20 Km2. As campanhas de campo também contaram com a participação da pesquisadora Michele Zorzetti Pitarello DIGEOQ, além dos técnicos em geociências Reinaldo Gama e Silvia Monteiro, Warley Oliveira, dos auxiliares em geociências, Amilton de Amorim Benício e Raimundo Barbosa, e de auxiliares contratados em campo.
Raimundo Barbosa compartilhou sua experiência na preparação das amostras dos concentrados de peneira e de bateia com a equipe. A pesquisadora Caroline Couto avaliou como uma "atividade singular e de suma importância para representatividade amostral com poucos profissionais em exercício na atualidade”. “Todas as estações de amostragem e suas respectivas amostras foram cadastradas ainda em campo, com as informações necessárias para registro no banco de dados do SGB, assim como foram identificadas, pesadas e acondicionadas para pronto envio ao laboratório, evitando erros em manuseios futuros”, disse Caroline.
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