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Relatório mostra tendências para próximos anos

Relatório mostra tendências para próximos anos

O relatório cita que iniciativas adotadas pelo setor terão impacto na competitividade na próxima década.

Segundo o relatório “Tracking the Trends 2022 - Redefinindo a mineração”, da consultoria Deloitte, os investimentos em segurança cibernética nos próximos 18 meses vão redefinir o papel da mineração junto às comunidades adjacentes, disseminar práticas ESG por todas as áreas do negócio e demonstrar a relevância da atividade para a economia de baixo carbono.

O relatório cita que iniciativas adotadas pelo setor terão impacto na competitividade na próxima década, e as dez tendências elencadas podem ajudar as mineradoras no percurso rumo à economia de baixo carbono. “São tendências globais, que podem ser aplicadas ao Brasil”, diz a sócia-líder da indústria de mineração da Deloitte, Patrícia Muricy. Ela diz que o Brasil está atrás de outras regiões em questões relevantes, como, por exemplo, na relação com indígenas e as chamadas terras ancestrais.

A executiva diz ainda que há meio para que as mineradoras deixem legado nas áreas onde atuam, além de contribuições temporárias. “Países como Canadá e Austrália estão à frente do Brasil nesse terreno”. Para a Deloitte, o Brasil deveria entrar na agenda das organizações do setor. A 14ª edição do estudo mostra que, embora estejam em voga, as boas práticas em ESG ainda não permeiam todas as decisões tomadas no setor de mineração e é necessário alinhar esses conceitos com todas as áreas da operação, ao invés de concentrar as iniciativas na diretoria de sustentabilidade. “É preciso disseminar o ESG e evitar que essa diretoria fique isolada”, afirma a especialista.

A eletrificação dos veículos globalmente, por exemplo, depende da maior oferta de determinados metais. “É preciso redefinir o papel da mineração”, afirma Patrícia. Segurança cibernética nas minas é outro ponto de atenção. Em linhas gerais, mostra o relatório, as mineradoras se preocupam mais com áreas administrativas, como a de finanças. Além disso, muitas empresas do setor estão nos estágios iniciais de digitalização, com sistemas antigos e vulneráveis de gestão das operações. As tendências apontadas pela Deloitte no relatório são: alinhamento da alocação de capital ao ESG, remodelando as cadeias de valor tradicionais, atuando no ambiente regulatório e tributário pós-COVID, incorporando ESG nas organizações, evoluindo o mundo de trabalho da mineração, estabelecendo um novo paradigma para as relações indígenas, continuando a jornada em direção às organizações lideradas pela inovação, gerando valor por meio de operações integradas, preenchendo a lacuna de vulnerabilidade de Tecnologia da Informação e Tecnologia Operacional e preparando as operações para as mudanças climáticas.

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