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REPARAÇÃO

Samarco avança em ações em primeiro ano de acordo para Rio Doce

Samarco avança em ações em primeiro ano de acordo para Rio Doce

No acumulado desde 2015, os valores destinados à reparação e compensação chegam a R$ 68,4 bilhões, considerando também os R$ 38 bilhões executados pela Fundação Renova até setembro de 2024.

A Samarco avançou no projeto de reparação após a homologação do Novo Acordo do Rio Doce pelo Supremo Tribunal Federal (STF) HÁ um ano e está destinando R$ 30,4 bilhões em ações concretas, das quais R$ 19,5 bilhões correspondem às obrigações diretas da Samarco e outros R$ 10,9 bilhões foram repassados aos governos federal, estaduais e municipais, além de instituições de Justiça, permitindo que políticas públicas em saúde, infraestrutura, saneamento e programas sociais avançassem.

No acumulado desde 2015, os valores destinados à reparação e compensação chegam a R$ 68,4 bilhões, considerando também os R$ 38 bilhões executados pela Fundação Renova até setembro de 2024. O Novo Acordo do Rio Doce prevê um valor global de R$ 170 bilhões ao longo de 20 anos. “Lamentamos o rompimento de Fundão e reafirmamos nosso compromisso em assegurar uma reparação definitiva. O Novo Acordo do Rio Doce representa um avanço significativo por trazer mais clareza, segurança jurídica, efetividade e definitividade à reparação”, destacou o presidente da Samarco, Rodrigo Vilela.

O acordo previa ainda que a Samarco concluísse a liquidação da Fundação Renova, com autorização do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), pendente de registro nos órgãos competentes. As indenizações individuais e auxílios financeiros pagos no âmbito do Novo Acordo já somam R$ 14 bilhões, beneficiando mais de 288 mil pessoas, até setembro de 2025. Esses recursos têm transformado a realidade econômica da Bacia, estimulando o comércio, fortalecendo cadeias produtivas e gerando empregos.

O Programa Indenizatório Definitivo (PID) concentrou a maior parte dos pagamentos: 328 mil requerimentos, com mais de 242 mil pessoas físicas e jurídicas pagas, totalizando R$ 8,9 bilhões. Povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais receberam R$ 943 milhões em auxílios específicos. Os valores pagos pela Samarco no Novo Acordo se somam aos cerca de R$ 18,1 bilhões a 447,3 mil acordos destinados pela Fundação Renova até setembro de 2024. A Samarco concluiu 100% das obras, iniciadas antes da assinatura do Novo Acordo, nos distritos de Novo Bento Rodrigues e Paracatu, entregando 389 obras, incluindo 22 bens públicos, como escolas, postos de saúde, cemitérios, praças e sistemas de tratamento de água e esgoto, além de moradias, comércios, sítios, lotes, bens privados (associações, igrejas, etc).

Os bens públicos foram repassados à Prefeitura de Mariana, com garantia de funcionamento pelos próximos três anos. Para isso, está previsto um repasse total de R$ 108,9 milhões, dos quais R$ 44,6 milhões foram pagos até o momento. Atualmente, permanecem em execução seis imóveis adicionais, definidos pelos moradores do Novo Bento Rodrigues após a homologação do acordo pelo STF em novembro de 2024. A previsão é que essas construções sejam concluídas até o final de 2026.

Há oferta de serviços, com 57 estabelecimentos comerciais em segmentos como alimentação, vestuário, agropecuária, comércio geral, saúde e beleza e serviços para pets, entre outros. Na frente ambiental, a Samarco prosseguiu os trabalhos de cercamento e a proteção que atualmente alcançam 42,7 mil hectares de um total de 50 mil previstos para reflorestamento compensatório, além de 3,9 mil nascentes protegidas em toda a bacia. Estudos de viabilidade serão submetidos ao Ibama para licenciamento para avaliar a retirada de sedimentos adicionais na UHE Risoleta Neves (Candonga). Além disso, nove viveiros parceiros em Minas Gerais e no Espírito Santo produzem mudas nativas. Já foram expedidas quase 11 milhões de mudas para áreas de preservação e recarga hídrica. A Rede de Sementes e Mudas do Rio Doce, que envolve comunidades locais na coleta de sementes nativas, abastecem viveiros e plantios diretos, coletou 160 toneladas de mais de 200 espécies nativas, até setembro de 2025.

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