
A australiana St George entregou material de origem de minerais brasileiros de óxidos de terras raras do projeto Araxá, em Minas Gerais, para o projeto MagBras – da Mina ao Imã do Centro de Inovação e Tecnologia para Ímãs de Terras Raras (CIT SENAI ITR). Com investimento total de R$ 73 milhões e participação de 28 empresas, o empreendimento visa à consolidação de uma cadeia produtiva nacional de ímãs permanentes à base de terras raras, essenciais para tecnologias de ponta e setores como energia limpa, mobilidade elétrica e defesa.
A amostra entregue pela mineradora contém concentração superior a 95% de óxidos de elementos de terras raras, com baixo índice de impureza, inferior a 0,2% em todos os elementos que não são terras raras. Segundo o laudo técnico, o material tem ainda conteúdo de aproximadamente 20% de materiais magnéticos principais, Neodímio (Nd) e Praseodímio (Pr). Esses dois elementos são fundamentais para a produção dos imãs utilizados para a eletrificação e produção de energias limpas. Além disso, a amostra conta com teores significativos de Samário (Sm) e Disprósio (Dy), elementos também importantes para as aplicações magnéticas.
Com o material, a MagBras poderá dar continuidade às atividades do projeto, com a separação desses elementos para posterior aplicação. “Essa entrega mostra o potencial do Brasil e de Araxá para participar de uma cadeia de suprimentos estratégica para a transição energética e o avanço tecnológico”, explica Thiago Amaral, diretor de ESG e Desenvolvimento da ST George Brasil. O material foi recebido em abril pelo CIT SENAI e agora encaminhado à Magbras, que será responsável por refinar os óxidos no âmbito do projeto nacional. A entrega marca a primeira participação de um lote de terras raras brasileiras processadas localmente no esforço coordenado para viabilizar a produção nacional de ímãs permanentes.
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