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TERRAS RARAS

Serra Verde assegura US$ 465 milhões dos EUA para ampliar produção

Serra Verde assegura US$ 465 milhões dos EUA para ampliar produção

O financiamento destina-se a cobrir melhorias e ampliação da produção na mina Pela Ema, da empresa, no estado de Goiás, de acordo com a DFC.

A Serra Verde Mineração garantiu um financiamento de até US$ 465 milhões da Corporação Financeira de Desenvolvimento Internacional dos EUA (DFC), em um movimento que visa reduzir a dependência da China no fornecimento desses minerais essenciais.

O financiamento destina-se a cobrir melhorias e ampliação da produção na mina Pela Ema, da empresa, no estado de Goiás, de acordo com a DFC. A agência federal foi criada durante o primeiro mandato do presidente dos EUA, Donald Trump, para oferecer financiamento e garantias a projetos em países em desenvolvimento alinhados aos objetivos da política externa americana.

O governo Trump está recorrendo ao Brasil — país com as maiores reservas de terras raras fora da China — para seus esforços na construção de cadeias de suprimentos alternativas para elementos-chave utilizados em equipamentos militares, veículos elétricos e turbinas eólicas.

O depósito Pela Ema contém terras raras leves e pesadas – principalmente neodímio, praseodímio, térbio e disprósio – que são essenciais para a produção de ímãs utilizados em uma ampla gama de aplicações. A Serra Verde, apoiada pela Denham Capital, Vision Blue Resources e Energy and Minerals Group, é a primeira produtora de terras raras em larga escala do Brasil.

Ainda de acordo com a DFC, além de financiar melhorias na mina, o aporte financeiro suportará despesas operacionais e o refinanciamento da dívida atual dos acionistas.

A Serra Verde está em produção desde 2024, exportando óxidos de terras raras para processamento fora do Brasil e pretende aumentar a produção para entre 4.800 e 6.500 toneladas métricas de óxidos de terras raras até o início de 2027.

Os Estados Unidos, assim como outros países do Ocidente, estão enfrentando atualmente graves vulnerabilidades de abastecimento no setor de terras raras. As operações chinesas controlam aproximadamente 60% da capacidade global de mineração de terras raras e mantêm um controle esmagador de 85% das operações de processamento em todo o mundo. Essa concentração cria riscos estratégicos significativos para aplicações militares ocidentais, infraestrutura de energia limpa e setores de manufatura avançada que dependem desses materiais críticos.

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