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Setor de agregados discute em Goiânia desafios e perspectivas

Por evando
Setor de agregados discute em Goiânia desafios e perspectivas

A diretoria da ANEPAC (Associação Nacional das Entidades de Produtores de Agregados para Construção) reuniu-se em Goiânia, na sede da FIEG (Federação das Indústrias do Estado de Goiás), para discutir os principais desafios enfrentados pelo setor. O encontro contou com a participação presencial e virtual de representantes de diversos estados. Entre os temas prioritários, destacou-se o papel do OTGM (Ordenamento Territorial Geomineiro) como instrumento essencial para os municípios garantirem a preservação das jazidas e assegurarem o fornecimento sustentável de materiais como areia e brita.

Outro ponto de destaque foi a importância do cadastramento das empresas no sistema CadMinerio - é um programa voltado para empresas que comercializam produtos e subprodutos minerais no Estado de SP e fornecem para o governo. O presidente executivo da ANEPAC, Victor Hugo Froner Bicca, ressaltou que a adesão ao sistema é fundamental para coibir a concorrência desleal e promover maior transparência no setor. Bicca também alertou para os desafios logísticos enfrentados no estado de São Paulo, onde a areia é, muitas vezes, transportada por distâncias superiores a 200 quilômetros, o que eleva significativamente os custos com frete e impacta o preço final das obras.

Durante a reunião, o diretor de Relações Institucionais da entidade, Fernando Mendes Valverde, anunciou a realização do 1º Congresso Brasileiro de Agregados, previsto para novembro de 2026. Ele destacou que “todo setor estruturado possui um congresso nacional, mas a mineração de agregados, por vezes, acaba inserida como tema secundário em eventos de outras cadeias produtivas”. Para estruturar o novo congresso, será formada uma comissão organizadora responsável pela programação técnica, com a apresentação de estudos de caso de outros estados e experiências internacionais.

O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel, também participou da reunião e fez um apelo pela valorização do setor mineral. Segundo ele, a sociedade ainda desconhece a importância estratégica da mineração para o desenvolvimento econômico. Mabel comparou a situação no passado, pelo setor agrícola, que só conquistou reconhecimento social após forte investimento em comunicação. Para ele, a mineração deve seguir o mesmo caminho, aproximando-se da sociedade e demonstrando sua relevância para a infraestrutura, geração de empregos e qualidade de vida. (Por Luana Oliveira) 

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