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PESQUISA MINERAL

SGB-CPRM visita projetos de fertilizantes

SGB-CPRM visita projetos de fertilizantes

Especialistas fizeram registros de campo e as análises irão possibilitar a ampliação dos estudos já realizados pelo SGB nestas localidades.

Um grupo de pesquisadores do Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM) visitou o Complexo Mineroquímico de Taquari-Vassouras, em Rosário do Catete (SE); o projeto Fosfato-Miriri, localizado ao sul da cidade de João Pessoa (PB), e que abrange os municípios de Alhandra e Pedra do Fogo, na Paraíba, e Goiana, em Pernambuco; e a Província Pegmatítica da Borborema (PPB), situada entre os estados da Paraíba e do Rio Grande do Norte. Os especialistas integram parte da Diretoria de Geologia e Recursos Minerais do SGB-CPRM e fizeram registros de campo e as análises irão possibilitar a ampliação dos estudos já realizados pelo Serviço Geológico do Brasil nestas localidades. Acompanharam as visitas o Diretor de Geologia e Recursos Minerais, Márcio Remédio e o Assessor da DGM, Gilmar Rizzotto.

O Complexo Mineroquímico de Taquari-Vassouras, localizado no município de Rosário do Catete (SE), atualmente é uma área produtora de cloreto de potássio no Brasil operado pela Mosaic Fertilizantes. Taquari-Vassouras possui a única mina subterrânea convencional de potássio brasileira, onde o minério silvinita é lavrado por meio do método câmaras e pilares. O complexo conta ainda com uma planta de beneficiamento, cujo processo é por meio de flotação. A capacidade de produção do projeto é de 400 mil toneladas de cloreto de potássio por ano.

A descoberta de novas reservas de potássio se tornou mais importante após os impactos da guerra entre Rússia e Ucrânia, que alertou para a necessidade de incentivos para pesquisa e exploração nacional para a produção de fertilizantes. A visita técnica ao Complexo Mineroquímico contou com a participação das pesquisadoras Katiane Salviano e Klaryanna Alcantara, do assessor Gilmar Rizzotto, e do diretor Márcio Remédio, todos vinculados à Diretoria de Geologia e Recursos Minerais. De acordo com a pesquisadora Katiane Salviano, a visita à mina de Taquari-Vassouras foi de fundamental importância para reforçar as contribuições do SGB-CPRM ao Plano Nacional de Fertilizantes, visando o mapeamento de áreas e aperfeiçoamento de técnicas de produção, a fim de reduzir a dependência do potássio importado da Rússia e Canadá.

Já o Projeto Fosfato de Miriri (PE-PB) engloba sete processos minerários, em uma área total de 6.112,18 hectares ao sul da cidade de João Pessoa (PB). A pesquisa mineral realizada pelo SGB-CPRM nas décadas de 1970 e 1980 executou 247 perfurações, totalizando 10.763,97 metros de sondagem. As pesquisas apontaram para um potencial de 102,9 milhões de toneladas de minério fosfatado. O projeto foi qualificado pelo Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) por meio do Decreto nº 8.893/16, além de ser leiloado em 2021, após ampla consulta pública.

A equipe técnica formada pelo gestor e pelos fiscais do contrato esteve no depósito e acompanharam os trabalhos da BF Mineração LTDA, que foi a vencedora do certame, e confirmaram a seriedade das pesquisas realizadas, anteriormente, pelos técnicos do SGB-CPRM. Por último, os pesquisadores do SGB-CPRM visitaram a Província Pegmatítica da Borborema (PPB), região de grande concentração de pegmatitos. A PPB abrange os estados da Paraíba e do Rio Grande do Norte, sendo conhecida pela produção de nióbio-tantalatos, estanho, berílio, minerais industriais, como feldspatos e micas e além de gemas diversas, entre as quais a valiosa turmalina paraíba

Atualmente a Província se destaca pelo potencial para extração de lítio. A extração desses bens minerais é realizada, predominantemente, na região do Seridó. Três pesquisadoras do SGB-CPRM acompanharam os trabalhos na região: Maria da Guia Lima, Priscila Fernandes e Ana Accioly, juntamente com o Diretor de Geologia e Recursos Minerais, Marcio Remédio e o pesquisador Gilmar Rizzotto. Vale destacar que o Serviço Geológico foi um dos pioneiros na elaboração de análises e na produção do mapa geológico da região.

As especialistas reafirmaram o compromisso do SGB-CPRM na execução de trabalhos de pesquisa e prospecção mineral e de mais levantamentos geofísicos para subsidiar a ampliação da potencialidade de gemas e minerais industriais em pegmatitos em outras localidades do país. A equipe conheceu as instalações e serviços no subsolo, setores de beneficiamento e sorting da Brazil Paraíba Mine. Lá, estiveram em galerias localizadas a 96 metros de profundidade – o equivalente a 30 andares para dentro da rocha.

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