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RIO GRANDE DO NORTE

SGB realiza estudo sobre potencial mineral potiguar

Por evando
SGB realiza estudo sobre potencial mineral potiguar

Estudo do Serviço Geológico do Brasil (SGB) revela o potencial mineral do Rio Grande do Norte, destacando recursos como calcário, feldspato, ferro, tungstênio e ouro, e aponta diretrizes para o desenvolvimento sustentável da mineração no estado.

O Serviço Geológico do Brasil (SGB) acaba de divulgar o Estudo Geoeconômico do Estado do Rio Grande do Norte (EGE-RN), documento que abrange diagnóstico detalhado do setor mineral potiguar, suas cadeias produtivas e diretrizes para alavancar o desenvolvimento sustentável da atividade. O trabalho faz parte da Série Economia Mineral e foi elaborado no âmbito do Programa Plataforma de Planejamento da Pesquisa e Produção Mineral (P3M), em parceria com a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico (SEDEC/RN).

O estudo mostra o potencial geológico potiguar, com destaque para a ocorrência de calcário, feldspato, ferro, tungstênio, ouro, caulim, areia, argila, água mineral, petróleo, gás natural, turmalina Paraíba e rochas ornamentais. Ao todo, são 66 substâncias minerais cadastradas em mais de três mil ocorrências distribuídas por 167 municípios. O objetivo do EGE-RN é subsidiar políticas públicas, atrair investimentos e ampliar o conhecimento técnico necessário à gestão estratégica dos recursos minerais em bases sustentáveis e competitivas. Entre 2010 e 2023, a produção mineral bruta do estado cresceu de 1,91 milhão para 5,54 milhões de toneladas. Já a produção beneficiada acumulada atingiu 35,58 milhões de toneladas. As principais substâncias produzidas incluem calcário, feldspato, ferro, caulim, tungstênio e brita. A comercialização de minerais brutos chegou a 4,12 milhões de toneladas no período. Além disso, o Rio Grande do Norte tem uma expressiva quantidade de processos minerários em diferentes fases. Em agosto de 2024, havia 4.584 processos ativos, concentrados principalmente nas regiões do Seridó, Alto Oeste e litoral leste, o que demonstra a intensificação das atividades de pesquisa e lavra.

O estudo mapeou também as principais cadeias mineroindustriais em operação, como as de calcário, feldspato, caulim, ferro, rochas ornamentais e turmalina. O segmento do sal marinho é particularmente relevante, com o estado respondendo por mais de 90% da produção nacional. O Rio Grande do Norte também se destaca como maior produtor de energia eólica onshore do Brasil. Em termos de oportunidades, o estudo classifica os investimentos em três categorias: maduros (indústria cimenteira, sal marinho, água mineral), em desenvolvimento (ouro e ferro) e potenciais (lítio, titânio, nióbio-tântalo, zircônio, bário, berílio e molibdênio).

Com base na análise técnica e geoeconômica, o SGB propõe um conjunto de diretrizes para subsidiar a elaboração do Plano Estratégico de Desenvolvimento da Indústria Mineral do Rio Grande do Norte. As ações incluem programas de mapeamento geológico, infraestrutura, capacitação de mão de obra, sustentabilidade ambiental e fortalecimento de cadeias setoriais. A chefe do Departamento de Recursos Minerais do SGB, Maisa Bastos Abram, afirma que “os estudos geoeconômicos estaduais são fundamentais para identificar os caminhos para o crescimento da mineração, respeitando os limites ambientais e sociais, e promovendo o desenvolvimento regional”. O relatório completo está disponível gratuitamente na plataforma RIGEO, da Rede de Informações Geocientíficas do SGB. O estudo pode ser acessado pelo link https://rigeo.sgb.gov.br/handle/doc/25590.

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