
Segundo números do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC), as vendas do produto somaram 5,5 milhões de toneladas em julho de 2023, uma queda de 0,7% sobre o mesmo mês do último ano. Tal recuo foi impactado pela instabilidade da economia brasileira marcada por um prolongado cenário de juros elevados, somada ao alto endividamento das famílias e queda dos lançamentos imobiliários. No acumulado do ano, janeiro a julho, o recuo foi de 1,8% sobre o mesmo período de 2022.
O despacho de cimento por dia útil caiu 0,5% quando comparado a julho de 2022, para 233 mil toneladas por dia em julho passado. O setor segue afetado por fatores internos relevantes que ainda impactam em sua recuperação, como a dificuldade no acesso ao crédito em meio à taxa de juros elevada e a morosidade com relação às regulamentações do Minha Casa Minha Vida que impediu uma melhor evolução do número de unidades financiadas e de lançamentos imobiliários.
Apesar do cenário econômico ainda incerto, as perspectivas do setor para os próximos meses são positivas, graças à aprovação do arcabouço fiscal, a tramitação da Reforma Tributária no Senado, a retomada de obras paradas e de infraestrutura, além do início do ciclo de redução da taxa de juros. “A sazonalidade nas vendas do setor tem, historicamente, um desempenho mais positivo no segundo semestre e a queda na taxa básica de juros levam a indústria do cimento a projetar melhores resultados e minimizar as perdas registradas até julho deste ano”, declara Paulo Camillo Penna, presidente do SNIC.
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